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Opinião

- Publicada em 28 de Outubro de 2015 às 18:25

O insustentável gasto público da União e do Estado

O Estado está mal das finanças e ficará pior. A frase é do secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes (PMDB). Por isso, ele não sabe como pagará novembro e tem certeza que não terá dinheiro para o 13º salário. Inclusive, alertou que nem terá como repassar as verbas para o Legislativo e o Judiciário, também para pagar o 13º.
O Estado está mal das finanças e ficará pior. A frase é do secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes (PMDB). Por isso, ele não sabe como pagará novembro e tem certeza que não terá dinheiro para o 13º salário. Inclusive, alertou que nem terá como repassar as verbas para o Legislativo e o Judiciário, também para pagar o 13º.
A crise brasileira é, antes, econômico-financeira. Em consequência, transforma-se em crise política. Estamos mal, a dívida pública federal, interna e externa, está em R$ 2,7 trilhões.
O Estado não sabe como honrar seus compromissos e está devendo R$ 600 milhões a fornecedores de todos os setores dos serviços públicos. Passamos do fundo do poço e como sairemos dele, isso é o que o povo quer saber.
Emoldurando a tragédia das finanças, a crise política, o jogo de empurra pró e contra impeachment, as negativas sistemáticas que acabam colocando dúvidas sobre as acusações e a boataria que se espalha pelas redes sociais, cuja autenticidade ninguém consegue aferir. No entanto, tudo se espalha de maneira quase instantânea.
A situação de penúria da economia se reflete nos estados e municípios, fazendo cair a arrecadação de tributos federais e, igualmente, do ICMS e das cotas de retorno das prefeituras.
Enquanto isso, novembro chega, e muitas votações importantes, gostemos ou não delas, estão paradas, pois Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, continua negando fatos sobre contas na Suíça em seu nome ou de parentes.
A presidente Dilma Rousseff (PT) vive acuada por partidos sequiosos pelo poder. O governo tentou, mas não conseguiu unir sua base para apreciar vetos e novas medidas preconizadas pelo agora quase quixotesco ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que enfrenta os moinhos da confusão político-partidária em que o Brasil se encontra.
Mesmo se atirando com projetos em mãos tais e quais lanças para parar as pás desordenadas e girando ao vento, ora para cá, ora para lá, dos moinhos do Congresso Nacional, pouco tem conseguido.
Justificando rebeldia contra o Planalto, deputados alegam que o Executivo ainda não cumpriu os compromissos firmados no primeiro semestre em relação às nomeações de segundo e terceiro escalões e ao corte no valor das emendas individuais.
O Planalto alega, no entanto, que os partidos não estão mostrando fidelidade ao governo. Lá atrás, a insatisfação foi posta em prática com a declaração de que PTB e PDT, partidos da base aliada, adotariam postura de independência nas votações.
Os anúncios surpreenderam e irritaram o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). "Esse negócio de independência, eu prefiro rompimento."
Em nível federal, o corporativismo está conseguindo atrelar quase todos os vencimentos de carreiras jurídicas ou assemelhadas ao que ganham os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O efeito cascata nos estados acaba se tornando a popular "bola de neve" nas combalidas finanças públicas, em todos os níveis. Salários de R$ 17,3 mil são considerados baixos e estão, agora, em R$ 27,5 mil.
Todos querem receber um percentual do que percebem os ministros do Supremo, os quais, aliás, recentemente se autoconcederem um reajuste.
Enquanto isso, aqui no Rio Grande do Sul, quebramos. Custou, mas conseguimos quebrar o Estado pela irresponsabilidade administrativa de várias décadas. Assim caminham os governos federal e estaduais. Estamos mal. Talvez fique pior.
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