Isenção do ICMS para empresas aéreas que abram novas rotas para o Interior do Rio Grande do Sul. Esta é daquelas "antigas aspirações" de muitas cidades gaúchas. Alguns destinos são lançados, mas, em seis meses, sem demanda, acabam cancelados pelas companhias.
Por ironia da vida como ela é, a maior empresa do Brasil, que fechou na primeira década do século XXI, a Viação Aérea Riograndense, a Pioneira Varig, iniciou sua vida de mais de sete décadas de sucesso com o hidroavião Atlântico fazendo o percurso Porto Alegre/Pelotas.
Mas, além de novas rotas aéreas, os governos federal e estadual precisam fazer um esforço para investir mais em rodovias. Se for o caso, abrir logo mais e mais Parcerias Público-Privadas, conforme prometeu o secretário estadual dos Transportes, Pedro Westphalen (PP), pois muitos usuários preferem pagar pedágio e ter uma rodovia em condições, socorro mecânico e ambulâncias, além de telefones para emergências.
O Rio Grande do Sul, tão cedo, não terá recursos para fazer, por exemplo, a duplicação da ERS-118, demanda de anos da Região Metropolitana de Porto Alegre e que não foi concluída. O governador José Ivo Sartori (PMDB) está tendo, mês a mês desde que iniciou o seu mandato, dificuldades para pagar a folha salarial do funcionalismo o que causou, com razão, a revolta dos servidores públicos estaduais.
Nesta semana, atrasando, novamente, o repasse devido à União, haverá dinheiro em caixa, mas as dívidas se avolumam, mesmo com certo apoio do Judiciário e do Legislativo, que retornam ao Tesouro do Estado algumas sobras de verbas pela economia feita, o que é de se aplaudir.
Em nível federal, com rombo ampliado para R$ 51,8 bilhões, a equipe econômica e a própria presidente Dilma Rousseff (PT) apostam na volta da CPMF.
Com o apoio dos prefeitos, sem dinheiro para bancar as crescentes despesas com a saúde pública, o pedido é de uma alíquota de 0,38%, ficando 0,20% para o governo federal e 0,18% para estados e municípios. É um problema antigo, a questão é ver se os recursos irão mesmo para a saúde pública.
No caso das rodovias, o caso mais recente é a Serra, na qual Gramado, o segundo roteiro turístico nacional mais importante para brasileiros, conforme pesquisas, não tem acesso pela ERS-115 via Taquara. Está intransitável pelas chuvas, quedas de barreiras e buracos. A viagem tem que ser feita pela BR-116 e, de Nova Petrópolis a Gramado, pela ERS-135.
O Natal é data importante para a Serra Gaúcha e muitas festividades começam agora em novembro, a fim de diluir o grande número de turistas gaúchos e de outros estados, além daqueles do Prata, que buscam as nossas belas atrações que têm sido ampliadas em Gramado, Canela e Nova Petrópolis.
Abrir, duplicar ou conservar rodovias é algo fundamental para o Rio Grande do Sul. Neste quesito, embora o recapeamento em trechos da ERS-135, algo mais tem que ser feito.
Sabe-se que o mau estado de alguns trechos não é culpa deste ou daquele ocupante do Palácio Piratini, mas por falta de verbas, entraves e chuvas torrenciais.
Estamos à espera de um milagre neste setor fundamental para o progresso estadual há anos. Fala-se demais e se age de menos, o que é lamentável. Há alguns escalões oficiais embargando ou atrasando obras mais do que óbvias. Resta cobrar que venham mais voos regionais, mais rodovias e hidrovias.