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Opinião

- Publicada em 20 de Outubro de 2015 às 17:47

Juros altos e baixo crescimento não servem ao Brasil

Tem razão a Força Sindical em seu protesto contra os juros altos. E o boneco que apresentou em São Paulo, diante da sede do Banco Central, é bem representativo, um dragão inflável de 13 metros de altura e três cabeças, denominadas de Inflação, Desemprego e Juros Altos. O Brasil não precisa de juros mais altos, além dos já exorbitantes 14,25% ao ano. Nossa dívida pública está em torno de R$ 2,6 trilhões e a cada ponto percentual a mais no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) do Banco Central, o governo gasta mais alguns bilhões para rolar essa autêntica montanha de dinheiro. Com isso, engorda o lucro dos bancos e bloqueia, indiretamente, investimentos na infraestrutura.
Tem razão a Força Sindical em seu protesto contra os juros altos. E o boneco que apresentou em São Paulo, diante da sede do Banco Central, é bem representativo, um dragão inflável de 13 metros de altura e três cabeças, denominadas de Inflação, Desemprego e Juros Altos. O Brasil não precisa de juros mais altos, além dos já exorbitantes 14,25% ao ano. Nossa dívida pública está em torno de R$ 2,6 trilhões e a cada ponto percentual a mais no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) do Banco Central, o governo gasta mais alguns bilhões para rolar essa autêntica montanha de dinheiro. Com isso, engorda o lucro dos bancos e bloqueia, indiretamente, investimentos na infraestrutura.
Sem mais obras, os empregos escasseiam, já temos mais de meio milhão de postos de trabalho fechados neste ano, e isso é uma tragédia social. Paradoxalmente, fica-se sabendo que nos dois períodos do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), os bancos pagavam mais Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), enquanto, atualmente, recém o governo quer aumentar a CSLL de 15% para 20% no sistema bancário.
Por isso, a maioria dos analistas julga que, ao final da reunião de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom), os juros continuarão em 14,25%. Realmente, não há mais espaço para reajustes. Pelo contrário, viria muito bem uma baixa de, por exemplo, 0,25%. Porém, o medo da inflação, que estourou o teto da meta há muito tempo, não permite arroubos de baixa. O Banco Central tem feito mais do mesmo para combater a carestia, porém com uma fórmula que deu mostras de esgotamento, apenas segurando investimentos e aumentando a dívida pública federal.
Cortar gastos supérfluos, nem pensar lá em Brasília e em muitos governos estaduais, enquanto os problemas de sempre, como educação, saúde e segurança, são deixados de lado. Piorando o quadro, o Brasil deve ter uma uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de pelo menos 3% em 2015, segundo projeções nacionais e internacionais. Para 2016, também uma queda no PIB de 1,5%, sobre um crescimento negativo neste ano. Ora, isso é a famosa "tempestade perfeita" na economia.
De "queridinhos" dos economistas e financistas globais até 2012, hoje os chamados países emergentes, especialmente os que integram o grupo Brics, ou seja, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, estão sendo criticados por todos os lados, do Fundo Monetário Internacional (FMI) passando pelo Banco Mundial e nos grandes centros financeiros como Wall Street e a City de Londres.
Com a elevação da taxa básica da economia para 14,25 ao ano, o Brasil manteve o topo do ranking dos maiores juros do mundo. Segundo a MoneYou, responsável pelo levantamento, temos o maior juro real, quando é descontada a inflação projetada para 12 meses, dentre as 40 maiores economias do planeta, e com a citada baixa de 3% no PIB em 2015.
O mercado financeiro, de acordo com o Relatório Focus, do Banco Central, confirma esse grave problema para quem precisa gerar empregos e investir muito em saúde, segurança e educação. O Banco Mundial não vê a economia brasileira se recuperando nos próximos dois anos, salvo com uma boa expansão das exportações e investimentos públicos para os Jogos Olímpicos de 2016. Mas, neste ano, o Banco Mundial errou feio, pois previa que o nosso PIB cresceria 2,7%. Para enfrentar a situação, somente praticando reformas estruturais e reforçando mecanismos de proteção socioeconômica.
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