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Opinião

- Publicada em 15 de Outubro de 2015 às 17:25

Cais: uma solução integrada com o Centro

O Projeto Cais Mauá perdeu o único item que o integrava com o Centro Histórico: a criação de grande área verde que passaria sobre a avenida João Goulart, ligando a beira do Guaíba com as praças existentes. Pelo atual projeto, o Cais segue isolado do bairro e só terá fácil acesso para quem for de carro.
O Projeto Cais Mauá perdeu o único item que o integrava com o Centro Histórico: a criação de grande área verde que passaria sobre a avenida João Goulart, ligando a beira do Guaíba com as praças existentes. Pelo atual projeto, o Cais segue isolado do bairro e só terá fácil acesso para quem for de carro.
A criação de um shopping com grande estacionamento e fracas medidas de integração para quem anda a pé, de ônibus ou bicicleta mostra que os planejadores da cidade têm uma visão ultrapassada de cidade focada no automóvel. O maior fluxo de veículos causaria mais rodoviarização na região, degradando-a além do que já está.
A revitalização do Cais deveria prever fácil acesso a quem já está no Centro, criando portões no muro em frente a todas as ruas que chegam à avenida Mauá. Isso eliminaria o maior obstáculo ao acesso ao Cais e parte da barreira visual que o separa do seu entorno.
Assim, elevaríamos o fluxo de pedestres em direção ao Guaíba, revitalizando espontaneamente toda a região, hoje degradada. Com incentivos da prefeitura, restaurantes, bares e casas noturnas gerariam movimento dia e noite, melhorando a segurança de quem anda por ali e fortalecendo o comércio local já um shopping, roubaria seus clientes. O incentivo ao uso misto do bairro, com moradias de baixa renda ocupando prédios hoje abandonados, geraria inclusão e aumentaria a circulação.
A Mauá deve ter seu trânsito reorganizado, com corredor de ônibus, velocidade reduzida o que ajuda inclusive a reduzir os congestionamentos. Travessias em frente aos novos portões, mais árvores e iluminação trariam conforto e segurança para quem se desloca a pé.
Um projeto assim custaria centenas de milhões de reais a menos que o atual. O incentivo ao comércio local geraria mais emprego e distribuição de renda que a construção de um shopping e fortaleceria empresas locais ao invés de privilegiar grandes cadeias de fora. Sem contar que teria apoio da comunidade e não exigiria o corte de árvores.
Para garantir o acesso à orla, não é preciso ideias mirabolantes e polêmicas, só um projeto simples, inteligente e inclusivo criando espaços democráticos para discutir a Porto Alegre que queremos e elaborar um projeto de cidade.
Coordenador de comunicação e relações institucionais da Mobicidade
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