No meu jardim e no meu orquidário, gosto de cultivar as orquídeas nativas do Rio Grande do Sul. Quando a Cattleya intermedia nativa das matas de nossas lagoas e rios floresce em setembro e outubro, ela nos traz, pelo colorido de suas variedades alba, coerulea (azul celeste), rubra e lilaz, muita alegria e beleza. Os Oncidium (Chuva de Ouro), com suas hastes florais das mais variadas tonalidades de amarelo e marrom escuro, enriquecem os troncos das árvores nativas em várias regiões.
Em dezembro temos a floração da Laelia purpurata, nativa do Litoral Norte e que com seu perfume suave e cores de labelo, nas suas variedades vermelho-púrpura, alba, roxo-violeta e russeliana, encantam a todos que têm a felicidade de admirá-las.
A seguir, em janeiro, a floração da Cattleya leopoldii, com seu perfume forte e cores escuras, cresce nas nossas figueiras do Litoral Norte e à margem da Lagoa dos Patos. São mais de 300 espécies nativas só no Rio Grande do Sul, sendo que a maioria delas são micro-orquídeas, de tamanho pequeno, mas mesmo assim de muita beleza e perfume e que crescem nas nossas matas nativas.
Temos também orquídeas dos gêneros Brassavola, Miltonia e Epidendrum, que são belíssimas quando formam suas touceiras floridas. Cultivando as orquídeas gaúchas estamos ajudando a preservar a beleza de nossa flora nativa além de nos deliciarmos com a sua beleza e perfumes.
Engenheiro-agrônomo e orquidófilo