Serra Gaúcha: soluções em mobilidade

Pouco a pouco a sociedade regional se dá conta de que a crise instalada na economia da região mais desenvolvida do Rio Grande do Sul é estrutural. Em outra escala tecnológica, os gestores da Nasa sentiram o mesmo frio na barriga no voo da Apollo 13 quando ouviram a mais célebre declaração de emergência da história científica recente: "Houston, nós temos um problema".

Para a economia de Caxias do Sul e região, o alerta de emergência já soou alto e claro. O diagnóstico é baseado na redução significativa e rápida de indicadores de produtividade, de competitividade e de confiança. É inadiável a articulação propositiva da iniciativa privada, do poder público e das bases de conhecimento para a transformação do ambiente de negócios.

Sem qualquer presunção, realço uma das alternativas de grau de excelência para o Polo Tecnológico que podemos viabilizar um dos maiores Centros de Soluções Inovadoras em Mobilidade Humana do mundo. Organizações para isso temos em profusão. A Serra detém conhecimento, estrutura instalada e instituições formadoras de recursos humanos em todos os níveis para enfrentar tal desafio.

Doravante todo o raciocínio de excelência precisa ter escala mundial. O núcleo da produção sustentável, do conhecimento aqui instalado com a UCS, instituições de pesquisa, centros de formação profissional de referência internacional como o Senai Mecatrônica e Autotrônica, o avanço da tecnologia da informação e da informática, trabalhando em ambiente amigável com as empresas e o poder público atuando como agente facilitador nos leva a acreditar nesta solução.

Não seria um desvario imaginar que este esforço concentrado permitisse ao cidadão viajar pela região num trem VLT ligando Caxias a Porto Alegre, passando por Farroupilha, Bento, Garibaldi, Carlos Barbosa. Temos todas estas expertises residentes. Um protótipo seria bem-vindo. Sonhos não podem mais ficar na incubadora. Precisam passar para o estágio de aceleração, como já se pensa em outros centros do mundo inteiro.