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Opinião

- Publicada em 02 de Outubro de 2015 às 17:26

Simulações superficiais perpetuam problemas no País

Chegou a vez de as acusações recaírem justamente sobre alguém que se diz paladino da República, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Chegou a vez de as acusações recaírem justamente sobre alguém que se diz paladino da República, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
As frases, declarações, arroubos indignados e outras poses que são divulgadas em jornais, rádios e tevês quando fraudes são descobertas causam frêmito na opinião pública. "Ah, agora, sim, a corrupção será erradicada." Tomara que assim seja.
Mas, "se nada tem a temer", outra frase chavão, o fato é que agora as acusações contra Eduardo Cunha vêm de fora, da Suíça, até há pouco o paraíso do dinheiro sujo que circula pelo mundo, um chamado "paraíso fiscal".
É importante que se apure tudo. Externando tranquilidade, o presidente da Câmara dos Deputados tem repetido que são apenas acusações, ele quer as provas. Em princípio, a presunção da inocência é um postulado do Direito que deve ser observada, inclusive para Cunha. Porém, quando há tantas acusações e indícios, a desconfiança se generaliza.
No meio da confusão política e das acusações, a presidente Dilma Rousseff (PT) cortou 8 ministérios, anunciou a redução de 30 secretarias nacionais em todos as pastas, a criação de um limite de gastos com telefonia, passagens aéreas e diárias, o corte de 10% na remuneração dela, do vice-presidente Michel Temer (PMDB) e dos ministros, bem como a revisão de todos os contratos de aluguel e de prestação de serviço.
Também haverá metas de eficiência no uso de água e energia, e o corte de 3 mil cargos em comissão (CCs). Outro anúncio foi a redução em até 20% dos gastos de custeio e de contratação de serviços terceirizados, tornando obrigatória a criação de uma central de automóveis com intuito de reduzir e otimizar a frota que atende aos ministérios.
Finalmente, se não resolve a crise financeira, pelo menos é dada uma satisfação à população que trabalha e paga impostos, vendo os cofres públicos, simultaneamente, serem assaltados.
Há corrupção endêmica, e dela ninguém escapa. É o mosquito que pica aqui e alhures sem que a maioria se dê conta. Pode parecer um pessimismo exagerado em um Brasil com tantas qualidades, mesmo em meio à total penúria financeira.
Não somos santos, nenhum de nós é. Mas a maioria procura manter um verniz de honestidade que, se não chega a impermeabilizar contra atos desonestos fortuitos, pelo menos é uma tinta acrílica que impede que o mofo das vigarices penetre em nossas mentes e almas.
Depois de tantas apurações e denúncias, resta esperar que, pelo menos, uma nova geração de políticos tenha pudor ético e não avance nos cofres públicos.
Outra situação que revolve o estômago é o troca-troca de ministérios por apoio político em votações na Câmara dos Deputados e no Senado.
Parte dos parlamentares do PMDB se rebelou, muitos gaúchos, o que traz esperança ao partido aqui no Estado. Há "vários" PMDBs neste momento no País, tal a diversidade de comportamentos nesta grei partidária, sem se saber de qual lado está e quais as suas propostas em prol do País.
Diz-se que as pessoas inteligentes não devem almejar cargos públicos, uma vez que a sua boa-fé, o amor pela verdade, franqueza e probidade hão de sempre comprometê-las e prejudicá-las.
A vida dos governantes é uma guerra perene de interesses, opiniões e paixões. Ao agitarem as pessoas, as conservam em movimento e ação, e não lhes permitem que fiquem inativos e estacionários no teatro desta terra brasileira.
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