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Internacional

- Publicada em 28 de Outubro de 2015 às 15:23

Irã aceita participar de negociações internacionais sobre guerra civil

O Irã aceitou ontem participar das negociações internacionais sobre o futuro da guerra civil na Síria, as quais estão programadas para ocorrer nos próximos dias, em Viena, na Áustria. A participação de Teerã nas conversas foi confirmada após convite dos Estados Unidos, que apontam ter mudado sua estratégia para pôr fim à guerra na Síria e facilitar uma transição que leve à saída do presidente Bashar al-Assad.
O Irã aceitou ontem participar das negociações internacionais sobre o futuro da guerra civil na Síria, as quais estão programadas para ocorrer nos próximos dias, em Viena, na Áustria. A participação de Teerã nas conversas foi confirmada após convite dos Estados Unidos, que apontam ter mudado sua estratégia para pôr fim à guerra na Síria e facilitar uma transição que leve à saída do presidente Bashar al-Assad.
"Acreditamos que a solução para a Síria é política. Norte-americanos e atores estrangeiros na Síria não têm escolha além de aceitar as realidades da Síria", disse ontem o vice-chanceler iraniano, Hossein Amir Abdollahian, à TV estatal. "Assad tem a preparação necessária para manter conversas com rebeldes comprometidos com uma trajetória política", defendeu.
Inimigos de longa data, Irã e EUA têm se reaproximado desde a assinatura do acordo com as potências mundiais para pôr limites ao programa nuclear do país persa. Principal diplomata iraniano por trás do acordo nuclear, o ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, foi escolhido para representar seu país nas negociações sobre a Síria. Também devem participar das reuniões diplomatas de alto escalão de EUA, Rússia, França, Reino Unido, Alemanha, Jordânia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Catar. A participação do Irã nas conversas pode ser decisiva. Ao lado da Rússia e do movimento libanês Hezbollah, o regime iraniano é considerado um dos principais aliados de Assad.
Desde o início do conflito na Síria, em março de 2011, os EUA e seus aliados vinham apostando em uma resolução que passasse pela deposição de Assad, assim como aconteceu com outros ditadores em países da região onde ocorreram protestos no contexto da Primavera Árabe, como Tunísia, Líbia, Iêmen e Egito. Apesar de esforços de Washington para apoiar grupos rebeldes, Assad conseguiu se manter no poder. O regime sírio fortaleceu-se nos últimos meses após o início da campanha de ataques aéreos da Rússia no país e a chegada de tropas do Irã, que dão apoio ao Exército.
Em quatro anos e meio, a guerra já deixou mais de 250 mil mortos e 1 milhão de feridos. Além disso, o conflito forçou o deslocamento de 11 milhões de pessoas, quase metade da população síria.
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