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Internacional

- Publicada em 27 de Outubro de 2015 às 17:52

ONU aprova fim de embargo a Cuba

Assembleia Geral da entidade foi realizada ontem em Nova Iorque; votos norte-americano e israelense aparecem em vermelho nos painéis

Assembleia Geral da entidade foi realizada ontem em Nova Iorque; votos norte-americano e israelense aparecem em vermelho nos painéis


UN PHOTO/ CIA PAK/AFP/JC
A Organização das Nações Unidas (ONU) votou ontem, em Assembleia Geral na sede da entidade, em Nova Iorque, a resolução que prevê o fim do bloqueio norte-americano a Cuba. Mais uma vez, a medida foi aprovada por quase todos os países, com duas exceções: Estados Unidos e Israel, seu aliado histórico.
A Organização das Nações Unidas (ONU) votou ontem, em Assembleia Geral na sede da entidade, em Nova Iorque, a resolução que prevê o fim do bloqueio norte-americano a Cuba. Mais uma vez, a medida foi aprovada por quase todos os países, com duas exceções: Estados Unidos e Israel, seu aliado histórico.
A diferença é que esta foi a primeira votação após o restabelecimento de relações diplomáticas entre Cuba e EUA e do reconhecimento, pelo presidente norte-americano, Barack Obama, da necessidade de eliminar o bloqueio. Obama expôs várias vezes, desde o começo do processo de melhoria das relações com Havana, que seu governo busca o fim do embargo comercial a produtos cubanos. Por isso, se esperava que os norte-americanos ao menos se abstivessem de votar, em vez de decidirem por um novo "não".
Desde 1992, Cuba vem obtendo o apoio dos países membros da ONU contra o bloqueio. Em 2014, 188 países votaram a favor de uma ação que permita desmontar o embargo norte-americano. Houve só dois votos contrários à medida, incluindo o dos Estados Unidos. Desta vez, foram 191 a favor, dois contra, e nenhuma abstenção.
O fim do embargo depende do Congresso norte-americano, liderado pelo Partido Republicano, de oposição. Desde o início do ano, o democrata Obama insiste com os legisladores para que permitam a retomada de relações comerciais como um passo a mais na reaproximação entre os dois países.
Havia expectativa entre diplomatas de que os EUA optassem pela abstenção, o que seria uma mudança na atitude da potência, contrária a resoluções similares nos últimos 23 anos. Seria, ainda, uma disputa de forças entre o Executivo e o Congresso.
No entanto, o texto da resolução não agradou aos EUA. "Infelizmente, a despeito do progresso bilateral, o governo cubano optou por apresentar uma resolução que é praticamente idêntica a textos do passado", disse o embaixador norte-americano Ronald Godard, presente ao encontro. Ele afirmou que os EUA não serão guiados pela "desconfiança" e que estão comprometidos com a cooperação entre os dois países. "Continuaremos a advogar pelos direitos universais na ilha e pela construção e fortalecimento de relações com o povo norte-americano."
A resolução elogia os esforços de Obama pela reaproximação, "exorta estados que continuam a aplicar sanções que as revertam o mais rapidamente possível" e não apresenta contrapartidas de Cuba.
O senador republicano Marco Rubio, que é filho de cubanos e pré-candidato à Casa Branca, disse, em setembro, que, caso se abstivesse, "Obama colocaria sua popularidade internacional acima dos interesses de segurança nacional e de política externa dos EUA". Segundo Rubio, o embargo impede a entrada de dinheiro que pode ser usado por uma ditadura para promover opressão.
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