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Eleições

- Publicada em 18 de Outubro de 2015 às 15:33

Na Argentina, candidatos bajulam eleitores peronistas

A uma semana do pleito, Scioli investe pesado em propaganda eleitoral

A uma semana do pleito, Scioli investe pesado em propaganda eleitoral


JUAN MABROMATA/AFP/JC
A cidade de Buenos Aires amanheceu sábado com novos cartazes de propaganda do candidato a presidente peronista, Daniel Scioli. Com a frase "Lealdade para a Vitória", a propaganda é uma mescla entre o nome de sua agremiação, a Frente para a Vitória, e uma referência à data comemorativa para os peronistas, o Dia da Lealdade, celebrado em 17 de outubro, data da fundação do movimento político mais numeroso da Argentina.
A cidade de Buenos Aires amanheceu sábado com novos cartazes de propaganda do candidato a presidente peronista, Daniel Scioli. Com a frase "Lealdade para a Vitória", a propaganda é uma mescla entre o nome de sua agremiação, a Frente para a Vitória, e uma referência à data comemorativa para os peronistas, o Dia da Lealdade, celebrado em 17 de outubro, data da fundação do movimento político mais numeroso da Argentina.
O candidato que representa o governo de Cristina Kirchner na eleição presidencial circulou por redutos peronistas e participou de comício ao lado de lideranças do partido na cidade de La Matanza, a cidade mais populosa da província de Buenos Aires. 
Embora seja governador da província, Scioli teve um desempenho abaixo do esperado na região, onde votam quase quatro em cada dez argentinos.
"As pessoas conhecem bem nossas ideias, nossa visão de futuro. Portanto, não temos que fazer demagogia nem prometer coisas", discursou o político. "Nós somos previsíveis, confiáveis e vamos dar tranquilidade para mostrar às pessoas que vamos cuidar das suas conquistas, do seu trabalho."
A uma semana da votação, Scioli apela para a herança histórica do peronismo, algo entranhado na cultura política local, para chegar aos 40% dos votos, marca necessária para conseguir vencer a disputa no primeiro turno. Além disso, deve abrir uma vantagem de dez pontos sobre o segundo colocado.
Pesquisa eleitoral divulgada sábado pelo jornal Clarín, porém, indica que Scioli tem que conquistar mais eleitores para atingir essa marca. Os números mostram que ele tem 34,3% de intenção de votos.
Com a projeção feita pelo instituto Management & Fit (M&F), que desconsidera os eleitores indecisos, Scioli alcançaria 38,3% das preferências. Atrás dele, aparece o opositor Mauricio Macri, da coligação Mudemos, com 25,1%. Sem levar em conta os indecisos, chegaria a 29%. Este cenário, se confirmado no próximo dia 25, levaria a eleição presidencial argentina a um inédito segundo turno.
Macri também aproveitou o 17 de outubro para acenar aos peronistas. Em comício em San Martín, cidade da província de Buenos Aires, ele fez referência à data histórica do movimento político. "No Dia da Lealdade, quero convocar todas as mulheres peronistas para que entendamos que a verdadeira lealdade não é o poder nem os dirigentes que levantam bandeiras em benefício próprio. E, sim, os valores, a justiça social, a igualdade de oportunidades e a pobreza zero", discursou.
Em terceiro lugar nas pesquisas, está o peronista dissidente Sergio Massa, que representa o grupo político que está em desacordo com o kirchnerismo. A pesquisa da M&F aponta que ele tem 17,1% dos votos. Descontando os indecisos, seu percentual subiria para 21%.
No sábado, Massa fez campanha na província de Jujuy, no Norte do país, onde também prestou homenagem ao líder Juan Domingo Perón (1895-1974). Massa colocou flores em um busto do general, na capital da província, que relembra o encontro entre o líder peronista e o opositor Ricardo Balbín, da União Cívica Radical, em 1972.

Presidente é reeleito na Guiné e oposição promete realizar protestos

Alpha Conde teve 58% dos votos

Alpha Conde teve 58% dos votos


CELLOU BINANI/AFP/JC
O presidente de Guiné, Alpha Conde, foi reeleito para um segundo mandato, conforme confirmou no sábado à noite o chefe da comissão eleitoral do país, Bakary Fofana. Dessa forma, Conde escapa de um segundo turno com o seu rival mais próximo, que prometeu protestar contra os resultados. O atual presidente recebeu quase 58% dos votos, enquanto seu principal adversário, Cellou Dalein Diallo, teve 31%, informou Fofana. Cerca de 68% dos cerca de 6 milhões de eleitores registrados participaram na eleição de 11 de outubro.
Esta foi apenas a segunda disputa presidencial democrática desde que Guiné obteve a independência da França em 1958. A violência marcou o período de preparação para a votação e, pelo menos, três pessoas foram mortas. Muitos temem que os protestos nos próximos dias possam levar a confrontos mortais com forças de segurança.
Em 2010, pelo menos sete pessoas foram mortas na onda de violência relacionada com as eleições, quando Conde derrotou Diallo no segundo turno. Além disso, cerca de 50 pessoas morreram no período de preparação para as eleições legislativas de 2013, de acordo com a Human Rights Watch.
No início desta semana, Diallo e outro candidato da oposição Sidya Toure, que ficou em terceiro em 2010, alegaram fraude e disseram que não devem reconhecer os resultados. No sábado, frente aos resultados preliminares, que já mostravam Conde na liderança, Diallo disse a repórteres que deve organizar manifestações. O político alegou que não confia nos tribunais para resolver suas preocupações.

Egípcios votam na primeira fase da eleição parlamentar

Os egípcios iniciaram ontem a primeira de duas fases da eleição parlamentar, etapa necessária de um processo que foi concebido para colocar o país de volta em um curso democrático.
As eleições para eleger os 596 membros do parlamento são realizadas em duas fases e devem terminar em 2 de dezembro. Na primeira fase, votam 14 das 27 províncias do país. Os egípcios que vivem no exterior votaram no sábado.
Será o primeiro parlamento eleito desde que Abdel Fattah al-Sisi, ex-chefe do Exército, derrubou em julho de 2013 o ex-presidente Mohamed Morsi, e reprimiu violentamente toda a oposição islâmica, laica e liberal. Quase todos os candidatos para estas eleições apoiam Abdel Fattah al-Sisi, eleito presidente em maio de 2014.
Desde a derrubada de Morsi, forças de segurança de Al-Sisi mataram mais de 1.400 manifestantes islâmicos que exigiam o retorno de seu presidente, o primeiro eleito democraticamente no Egito. Além disso, mais de 15 mil membros da Irmandade Muçulmana foram detidos. Centenas deles, como o próprio Morsi, foram condenados à morte em julgamentos sumários coletivos, criticados pela ONU.