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Internacional

- Publicada em 12 de Outubro de 2015 às 17:21

Opositores tentam barrar kirchnerista

Macri e Massa revisaram estratégias em busca do voto de indecisos

Macri e Massa revisaram estratégias em busca do voto de indecisos


JUAN MABROMATA/AFP/JC
Os dois principais nomes da oposição argentina têm duas semanas para reverter a tendência de vitória kirchnerista na eleição do dia 25 de outubro e, para isso, revisaram suas estratégias. Ainda que briguem por um lugar no segundo turno, o conservador Mauricio Macri e o ex-kirchnerista Sergio Massa trocarão menos ataques e concentrarão artilharia no governista Daniel Scioli, que beira o necessário para vencer no primeiro turno.
Os dois principais nomes da oposição argentina têm duas semanas para reverter a tendência de vitória kirchnerista na eleição do dia 25 de outubro e, para isso, revisaram suas estratégias. Ainda que briguem por um lugar no segundo turno, o conservador Mauricio Macri e o ex-kirchnerista Sergio Massa trocarão menos ataques e concentrarão artilharia no governista Daniel Scioli, que beira o necessário para vencer no primeiro turno.
A campanha de Macri, empresário que, há oito anos, governa Buenos Aires, tinha como base visitar casas de eleitores para escapar da pecha de oligarca, não fazer propostas e evitar alianças que "maculassem" sua coalizão, a Cambiemos. Após perder 20% das intenções de voto em dois meses, praticou, na semana passada, um contorcionismo ideológico ao inaugurar uma estátua de Perón para derrotar o peronismo. À direita de Macri, sob a sombra do general ícone do kirchnerismo, estava Hugo Moyano, líder do principal sindicato do país, a Confederação Geral do Trabalho (CGT), outra adesão peronista de última hora a sua campanha. Moyano rompeu com Cristina em 2011.
Antes da votação na primária obrigatória de agosto, Macri rejeitou disputar a indicação com Massa, que foi chefe de gabinete de Cristina Kirchner em 2008 e 2009 e rompeu com o governo em 2013. A orientação do marqueteiro Jaime Durán Barba - que trabalhou na campanha de Marina Silva, no Brasil, em 2014 - era de que ele não se aproximasse de ex-kirchneristas como Massa e Moyano. A eleição seria polarizada e se definiria pela parcela que deseja mudança (60%, segundo a média dos institutos de pesquisa).
A divisão clara prevista por Barba e analistas políticos não ocorreu. Pelo contrário, Massa captou 33% dos votos perdidos por Macri nos últimos dois meses e vem reduzindo a distância. Esse cenário, em que a coalizão de Macri encolhe - passou de 30% na primária disputada em 9 de agosto para 27,9% - e a de Massa sobe devagar (foi de 20% para 21,5%), convém ao governo. Scioli tem 38,6%. Esses dados, da consultoria M&F, são similares aos que divulgou no domingo outro grande instituto de pesquisas argentino, o Poliarquía, segundo o qual Scioli tem 37,1%; Macri, 26,2%; e Massa, 20,5%.
Para o kirchnerista, para encerrar a disputa no primeiro turno, bastaria chegar aos 40% dos votos - a outra condição, abrir 10 pontos sobre o segundo colocado, parece mais fácil. Scioli não cresceu desde a primária, mas poderia conseguir o que precisa com uma pequena parcela dos que se definem na última hora.
No domingo, Macri divulgou, nas redes sociais, uma carta em que, sem criticar Massa, prega o voto útil para derrotar o kirchnerismo. "Se os que desejam mudança esperam para tomar decisões em um segundo turno, há o risco de o governo ganhar e se perpetuar no poder", escreveu. Massa contra-argumenta que tem mais chance num confronto direto com Scioli e, por isso, o voto no prefeito de Buenos Aires é inútil. Os eleitores de Macri aderem a Massa com mais facilidade em um segundo turno, enquanto os de Massa se dividem.
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