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Oriente Médio

- Publicada em 04 de Outubro de 2015 às 17:38

Palestinos são barrados na Cidade Velha de Jerusalém

Soldados do Exécito judeu montam guarda no portão da cidade

Soldados do Exécito judeu montam guarda no portão da cidade


THOMAS COEX/AFP/JC
Em uma medida sem precedentes, a polícia israelense barrou a entrada de palestinos na Cidade Velha de Jerusalém ontem, em resposta a ataques com facas que mataram dois israelenses e feriram três outros. Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, haverá uma "dura ofensiva" para combater o aumento da violência na região. As tensões aumentaram nas últimas semanas na cidade, cheia de locais sagrados para judeus e muçulmanos, com uma série de ataques a israelenses pelos chamados "lobos solitários" e a resposta das forças de segurança de Israel, que lançaram um intenso ataque à Cisjordânia.
Em uma medida sem precedentes, a polícia israelense barrou a entrada de palestinos na Cidade Velha de Jerusalém ontem, em resposta a ataques com facas que mataram dois israelenses e feriram três outros. Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, haverá uma "dura ofensiva" para combater o aumento da violência na região. As tensões aumentaram nas últimas semanas na cidade, cheia de locais sagrados para judeus e muçulmanos, com uma série de ataques a israelenses pelos chamados "lobos solitários" e a resposta das forças de segurança de Israel, que lançaram um intenso ataque à Cisjordânia.
O mais recente aumento da violência acontece ao mesmo tempo em que muitos palestinos não acreditam ser possível alcançar a soberania através de negociações com Israel. Especialistas israelenses levantam a possibilidade de uma terceira intifada, embora o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, tente impedir grandes surtos de violência, apesar dos crescentes atritos com Netanyahu.
Em resposta à recente onda de violência, a polícia israelense disse que vai impedir residentes palestinos de Jerusalém de entrar na Cidade Velha por dois dias durante um feriado judaico. Os palestinos que vivem, trabalham e estudam dentro da área, assim como os israelenses e turistas, terão a entrada permitida.
"Esta é uma medida drástica que pretende impedir a ocorrência de ataques durante a festa judaica, quando milhares de pessoas visitam a Cidade Velha", disse o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld. Israel conquistou a Cidade Velha e Jerusalém oriental durante a guerra de 1967 e, mais tarde, anexou as áreas. Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a capital do seu estado.
Cerca de 300.000 palestinos vivem em Jerusalém e correspondem a cerca de um terço do população cidade. Eles vivem no bairro árabe, na parte Leste da cidade, e têm permissão para morar em Jerusalém, mas não possuem cidadania israelense.
No mais recente ataque, a polícia israelense afirma que um adolescente palestino esfaqueou e feriu um israelense de 15 anos na manhã de ontem. Ele foi morto a tiros pela polícia local.

Assad diz que ofensiva russa deve ter sucesso, ou região será destruída

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse, em uma entrevista concedida ontem, que os ataques aéreos russos contra "terroristas" em seu país precisam ser bem-sucedidos, ou toda a região será destruída. Ele ainda acusou os países do Ocidente de piorarem a crise de refugiados.
Assad concedeu entrevista para à rede de TV Khabar, do Irã, e fez seus primeiros comentários sobre a ofensiva aérea lançada pela Rússia conta vários grupos na Síria, na quarta-feira passada. Assad criticou os países ocidentais, acusando-os de alimentar o terrorismo ao apoiar grupos rebeldes e, mais recentemente, a crise de refugiados.
"Na realidade, eles são os maiores contribuintes para que a situação chegue a este ponto, ao apoiar o terrorismo e impor um cerco sobre a Síria", disse ele, em referência aos países ocidentais. "Eles se dizem contra o terrorismo, mas são terroristas em suas políticas, impondo um cerco à Síria e apoiando grupos terroristas."
Mais de meio milhão de pessoas atravessaram o Mediterrâneo para a Europa neste ano, a maioria sírios, mais do que o dobro do número registrado em todo o ano de 2014. Países europeus têm se confrontado com a crise de refugiados, descrita com a pior desde a Segunda Guerra Mundial.
A guerra na Síria está entrando em seu quinto ano, com pelo menos 250 mil pessoas mortas e metade da população pré-guerra. São 4 milhões de refugiados e 8 milhões de pessoas deslocadas internamente.
Ontem, no quinto dia da campanha aérea, a Rússia divulgou que seus aviões realizaram 20 missões durante o dia, com ataques a posições do Estado Islâmico (EI) em Idlib. A província no Noroeste é controlada por uma coalizão rebelde conhecida como Jaish al-Fatah, que inclui a Frente Nusra, mas não o EI. Os bombardeiros atacaram também o campo de treinamento na província de Raqqa, que é controlada pelo grupo Estado Islâmico.