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- Publicada em 29 de Outubro de 2015 às 22:16

Além do álcool, drogas comprometem direção segura

Para Tanara Sousa, fiscalização precisa ser aperfeiçoada no País

Para Tanara Sousa, fiscalização precisa ser aperfeiçoada no País


FREDY VIEIRA/JC
Suzy Scarton
A Conferência do Conselho Internacional sobre Álcool, Drogas e Segurança no Trânsito ocorre a cada três anos. A última, em 2013, foi na Austrália. O Brasil receberá a próxima, entre os dias 16 e 19 de outubro de 2016, em Gramado, na Serra gaúcha. É a primeira vez que o encontro será realizado em um país em desenvolvimento. Até lá, pesquisadores internacionais, gestores de políticas públicas e autoridades se reunirão periodicamente para debater a problemática resultante da combinação entre álcool e trânsito, que vitima cerca de 100 pessoas por dia somente no Brasil.
A Conferência do Conselho Internacional sobre Álcool, Drogas e Segurança no Trânsito ocorre a cada três anos. A última, em 2013, foi na Austrália. O Brasil receberá a próxima, entre os dias 16 e 19 de outubro de 2016, em Gramado, na Serra gaúcha. É a primeira vez que o encontro será realizado em um país em desenvolvimento. Até lá, pesquisadores internacionais, gestores de políticas públicas e autoridades se reunirão periodicamente para debater a problemática resultante da combinação entre álcool e trânsito, que vitima cerca de 100 pessoas por dia somente no Brasil.
A coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trânsito e Álcool (Nepta) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Tanara Sousa, explica que possíveis ajustes na legislação e implementação de políticas públicas efetivas serão discutidos entre os profissionais. "É preciso fortalecer a fiscalização. Só assim o condutor saberá que terá chance alta de ser punido e pensará duas vezes antes de beber e dirigir", explica. Mesmo com a Lei Seca, instituída em 2008, que propõe tolerância zero a motoristas que tiverem ingerido álcool, cerca de 50% dos condutores brasileiros afirmam que ainda dirigem depois de terem bebido.
Tanara também alerta para o uso de outras drogas, como maconha, cocaína e anfetaminas. "Sabemos que a cocaína e as anfetaminas são utilizadas, especialmente, por condutores profissionais. Como não temos ferramentas apropriadas para a detecção, é preciso que os agentes fiscalizadores estejam capacitados a reconhecer os sintomas", ressalta. O órgão pesquisador do Clínicas vem avaliando dispositivos que possam detectar o uso de drogas por meio da saliva. "Consideramos tanto os benefícios da implementação quanto o custo", comenta.
Mesmo que exista uma crença popular de que a maconha não afeta o organismo, Tanara afirma que há comprovação científica de que o uso do tetraidrocanabinol, o THC, compromete a habilidade do condutor. "Altera a concentração e principalmente a capacidade do motorista, assim como alguns medicamentos prescritos por profissionais, explica a coordenadora.
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