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Chuvas

- Publicada em 14 de Outubro de 2015 às 22:33

Verbas federais de 2014 ainda não chegaram

Defesa Civil realizou sobrevoo ontem em Santa Maria para avaliar danos

Defesa Civil realizou sobrevoo ontem em Santa Maria para avaliar danos


ASSESSORIA DE IMPRENSA DEFESA CIVIL/DIVULGAÇÃO/JC
Após a publicação, no Diário Oficial de ontem, do decreto coletivo de situação de emergência de 26 cidades gaúchas em decorrência dos alagamentos da última semana, uma comitiva de prefeitos e o presidente da Famurs, Luiz Carlos Folador, se encontraram com o governador José Ivo Sartori para solicitar o auxílio do governo estadual nas negociações com a União sobre a liberação dos recursos aos municípios atingidos. Nos últimos 15 meses, 107 municípios tiveram os pedidos de emergência reconhecidos, elaboraram projetos para conseguir R$ 30 milhões, mas não receberam nenhuma verba para a reconstrução das cidades.
Após a publicação, no Diário Oficial de ontem, do decreto coletivo de situação de emergência de 26 cidades gaúchas em decorrência dos alagamentos da última semana, uma comitiva de prefeitos e o presidente da Famurs, Luiz Carlos Folador, se encontraram com o governador José Ivo Sartori para solicitar o auxílio do governo estadual nas negociações com a União sobre a liberação dos recursos aos municípios atingidos. Nos últimos 15 meses, 107 municípios tiveram os pedidos de emergência reconhecidos, elaboraram projetos para conseguir R$ 30 milhões, mas não receberam nenhuma verba para a reconstrução das cidades.
Após triagem do governo federal, em agosto, foi informado que apenas dois projetos estavam aptos, os de Mato Leitão e Marcelino Ramos. Mesmo assim, ambas as cidades ainda não receberam os valores solicitados. Para tratar da ajuda do governo federal, o ministro da Integração Nacional interino, Carlos Vieira, se encontrará hoje, na Capital, com o governador.
O prefeito de São Sebastião do Caí, Darci José Lauermann, disse que, desde que assumiu a administração, em 2009, nenhum dos projetos enviados após desastres naturais se reverteu em verbas da União. "Não vejo mais razão para elaborar esses projetos. Estou totalmente desacreditado. Somente neste ano, tivemos três enchentes, e precisamos dar respostas imediatas para a população", explica. De acordo com ele, os entraves são tantos que, se o prefeito decide iniciar reparos com verba municipal, o Ministério da Integração Nacional desconsidera todo o pedido.
Desde quinta-feira passada, cerca de 50 famílias foram retiradas de suas casas após a cheia do rio Caí. "Estamos limpando a cidade, levando as pessoas de volta para as residências. Tivemos um prejuízo muito grande com alimentação, limpeza, maquinário, estradas e perdas na agricultura. Os custos nem sei se serão contabilizados, pois é só para nos chatearmos se não há possibilidade de retorno", lamenta Lauermann.
Na próxima semana, a Famurs terá uma reunião no Ministério da Integração Nacional para tratar da possibilidade de criação de um fundo que agilize a liberação das verbas. Assim como acontece na saúde, a intenção é que o dinheiro seja liberado logo que a necessidade apareça e, posteriormente, seja feita a prestação de contas.
No âmbito estadual, após solicitação do governador, o secretário da Saúde, João Gabbardo dos Reis, confirmou que os municípios em situação de emergência identificados por estudos da Defesa Civil estadual deverão receber os recursos atrasados relativos à pasta entre 2014 e 2015 a partir da semana que vem. A previsão era de pagamentos apenas em 2016. O valor do parcelamento da dívida é de R$ 6 milhões, o que deve ajudar a amenizar a consequência das chuvas.
O Departamento Autônomo de Estadas de Rodagem (Daer) também estuda uma forma de decretar emergência na área para encontrar maneiras de obter recursos e o mais rapidamente possível resolver o problema de ligação entre municípios. Um levantamento preliminar aponta que 25 estradas estaduais sob jurisdição da autarquia foram danificadas ou precisaram ter o trânsito interrompido.
Um sobrevoo foi realizado pela Defesa Civil, na região Central do Estado, com ênfase em Santa Maria, com o objetivo de avaliar os danos e prejuízos de ordem humana e econômica da região, uma das mais afetadas pela chuva no Estado.

Chuva e granizo causam novos estragos

Assim como previsto pelos meteorologistas, a chuva retornou ontem ao Estado e foi forte em algumas localidades. Durante 30 minutos seguidos, choveu torrencialmente em Santana do Livramento, na Fronteira-Oeste, deixando muitas ruas alagadas. Em Esteio, São Leopoldo e outras cidades da Região Metropolitana, a precipitação veio acompanhada de queda de granizo. Em Sapucaia, um hospital precisou transferir pacientes, pois o temporal destelhou parte da instituição. Na altura de Montenegro, as pedras de gelo cobriram as pistas da BR-386. Após a passagem pela Região Metropolitana, a supercélula que provocou os temporais se deslocou para a área do Litoral Norte.
Cachoeira do Sul, que já estava com dezenas de casas alagadas, teve ao menos 100 residências atingidas pelo granizo ontem. Na Capital, a chuva começou à tarde, após sensação de grande abafamento. As diversas pancadas eram intercaladas por momentos de sol.
A instabilidade deve continuar hoje, mas está prevista melhora no fim de semana. O início da próxima semana deve ser novamente de chuvas fortes.