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Geral

- Publicada em 14 de Outubro de 2015 às 22:33

Mobilização dos bancários alerta para metas abusivas e excesso de jornadas

Seguidamente acometidos por doenças, bancários se comparam a zumbis

Seguidamente acometidos por doenças, bancários se comparam a zumbis


ANTONIO PAZ/JC
Suzy Scarton
Os bancários se sentem como mortos-vivos. Essa foi a mensagem que a categoria quis passar à população ontem à tarde, quando os trabalhadores se fantasiaram de zumbis e realizaram um flash mob na Esquina Democrática, no Centro da Capital. Paralisados desde o dia 6, eles buscaram fazer uma alusão ao adoecimento da categoria, que sofre com metas abusivas e excesso de jornadas.
Os bancários se sentem como mortos-vivos. Essa foi a mensagem que a categoria quis passar à população ontem à tarde, quando os trabalhadores se fantasiaram de zumbis e realizaram um flash mob na Esquina Democrática, no Centro da Capital. Paralisados desde o dia 6, eles buscaram fazer uma alusão ao adoecimento da categoria, que sofre com metas abusivas e excesso de jornadas.
Uma pesquisa que avaliou o índice de adoecimento entre funcionários de bancos apontou que 49,7% da categoria já apresentou algum transtorno mental, contra 30,2% dos trabalhadores de outras áreas. O bancário Júlio Vivian, funcionário do Banco do Brasil desde 2001, sente-se solidário aos colegas que precisam se afastar por motivos de doença. "Os banqueiros justificam dizendo que é a vida moderna que nos adoece, mas sabemos que não é", explicou.
Ana Guimaraens, funcionária do Banrisul há 25 anos e diretora de comunicação do sindicato, foi a idealizadora da ação zumbi. "Muitos de nós estão se medicando, consumindo muitos remédios. Então, aproveitamos a campanha salarial para denunciar nossas péssimas condições de trabalho", esclareceu. Para ela, a caracterização não tira a seriedade do evento. "Ninguém vê nosso lado. Assim, chamamos a atenção da população, que se questiona sobre o motivo pelo qual estamos fantasiados de zumbis."
Até ontem, a paralisação atingiu mais de mil agências no Estado. Hoje, ocorre assembleia no Clube do Comércio, às 14h. Os bancários pedem reajuste de 16%, incluindo reposição da inflação e 5,7% de aumento real, e Participação nos Lucros e Resultados de três salários, mais R$ 7.246,82. Além disso, reivindicam o fim das metas abusivas e do assédio moral. A Federação Nacional dos Bancos ofereceu 5,5%, quase metade da inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, de 9,88%.
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