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Geral

- Publicada em 07 de Outubro de 2015 às 22:27

DEP pode economizar R$ 2 milhões ao ano em areia

Ontem, foram coletadas 100 toneladas de dejetos em arroios e valas

Ontem, foram coletadas 100 toneladas de dejetos em arroios e valas


PAULA FIORI/DIVULGAÇÃO/JC
Isabella Sander
Um projeto-piloto que começou a ser implantado ontem pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) pode trazer economia anual de R$ 2 milhões aos cofres de Porto Alegre. Esse é o valor que a prefeitura gasta todo ano com areia para fabricar equipamentos de drenagem, como tampas de bocas de lobo, tubos de artefatos de concreto e grades de concreto.
Um projeto-piloto que começou a ser implantado ontem pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) pode trazer economia anual de R$ 2 milhões aos cofres de Porto Alegre. Esse é o valor que a prefeitura gasta todo ano com areia para fabricar equipamentos de drenagem, como tampas de bocas de lobo, tubos de artefatos de concreto e grades de concreto.
Ontem, a empresa alemã Sapotec Sul Soluções Ambientais, contratada por licitação, coletou 100 toneladas de resíduos nos arroios Dilúvio, Santo Agostinho e Salso e nas valas do bairro Ponta Grossa. O material será analisado. "Hoje, Porto Alegre não tem uma unidade de tratamento desses resíduos. Durante anos, o DEP aterrava a areia contaminada de arroios e valas, após secagem, no bairro Serraria. Porém, desde que assumimos a diretoria, definimos que deveríamos avaliar o resíduo para identificar, primeiro, o tipo de contaminação de cada local, classificando entre 1 (mais perigoso) e 4 (menos perigoso)", relata o diretor-geral do DEP, Tarso Boelter.
O material coletado será transportado para Nova Santa Rita, onde funciona a Sapotec, e a avaliação apontará que tipo de contaminação cada lugar possui e qual o tratamento adequado. Além disso, definirá se a areia pode ser aproveitada para a confecção de equipamentos de drenagem. "Isso mudaria toda a cadeia orçamentária do município. Hoje, retiramos o material, dragamos, colocamos na margem do arroio, deixamos secar, para as bactérias ali contidas morrerem, e o levamos, com caminhões, ao transbordo do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU)", conta Boelter.
A Sapotec é a única empresa no Estado a ter liberação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para fazer esse tipo de análise. A identificação do material será realizada nos próximos seis meses. Em abril, o DEP já espera ter algum retorno sobre as amostras.
A medida não foi tomada antes devido à espera, durante dois anos, de autorização da Fepam para que os resíduos fossem levados a Nova Santa Rita. "Finalmente, conseguimos a certidão autorizando o transporte. É um estudo inicial, mas possui impacto importante no trabalho do DEP. Temos a convicção de que será um divisor de águas, um caminho para uma solução permanente", afirma o diretor-geral.
Atualmente, quase todo o esgoto cloacal no Brasil é despejado em arroios. Porto Alegre encerrou 2014 tratando 33% do esgoto cloacal, percentual que deve subir para 80% com o Programa Integrado Socioambiental (Pisa). "A contaminação existente nos arroios inclui esgoto, lixo, móveis, garrafas pet e muitos outros tipos de poluição. Queremos identificar o tipo de contaminação dessa mistura de descarte irregular de lixos", explica Boelter.
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