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Saúde

- Publicada em 04 de Outubro de 2015 às 21:51

Novo prédio ampliará oferta de leitos no Moinhos de Vento

Edificação, que terá oito andares, será construída na rua Dr. Vale

Edificação, que terá oito andares, será construída na rua Dr. Vale


HMV/DIVULGAÇÃO/JC
O Hospital Moinhos de Vento (HMV) dará início nesta semana à construção de um novo prédio que, depois de pronto, em 2017, vai disponibilizar 100 leitos de internação para a parcela da população que possui convênios aceitos pela instituição. A edificação, que terá oito andares, será erguida na rua Dr. Vale, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
O Hospital Moinhos de Vento (HMV) dará início nesta semana à construção de um novo prédio que, depois de pronto, em 2017, vai disponibilizar 100 leitos de internação para a parcela da população que possui convênios aceitos pela instituição. A edificação, que terá oito andares, será erguida na rua Dr. Vale, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
As vagas serão destinadas a terapia intensiva adulta, internação clínica e cirúrgica e internação de terapia hematológica. Quinhentas pessoas serão contratadas para trabalhar na unidade. A previsão é de que, em um ano, 3 mil pacientes sejam atendidos. A cerimônia de assinatura da ordem de início das obras foi realizada na sexta-feira, com a presença do prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, do secretário estadual de Saúde, João Gabbardo, e do superintendente administrativo do HMV, Fernando Torelly.
Fortunati ressaltou que a prefeitura deve se preocupar com a saúde de todos os habitantes da Capital, sejam os atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sejam os com planos privados. "A ampliação em 100 leitos significa o atendimento a mais pessoas. Certamente, algumas delas estarão ocupando leitos ocupados, antes, no SUS, pois haverá mais vagas na cidade. Essa ampliação beneficia, de forma muito direta, ao usuário da rede pública."
Gabbardo destacou o processo de envelhecimento pelo qual os gaúchos têm passado. "Nas últimas três décadas, nossa população aumentou em quase 20 anos sua expectativa média de vida, crescendo em quase um terço a demanda geral por procedimentos como consultas, internações, leitos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e cirurgias. O sistema inteiro fica pressionado por isso, inclusive o HMV, cujo serviço se resume a pacientes privados. Há necessidade, portanto, de ampliar a estrutura de atendimento como um todo", observa.
Para combater a redução de leitos no Rio Grande do Sul, o secretário planeja ampliar, até o final de 2018, em 3 mil leitos o atendimento no SUS, através de convênios com hospitais de Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Viamão e de obras em hospitais filantrópicos do Interior do Estado. "Todos os nossos investimentos serão priorizados para essas obras, já em andamento. Concluindo essas construções, em dois a três anos completaremos os 3 mil leitos", garante.
Atualmente, conforme Torelly, o HMV possui 380 leitos de internação e, em média, 411 pacientes internados por dia. A superlotação causa a permanência de usuários na área da emergência por um tempo maior em leitos de apoio, aguardando internação. "Conceitualmente, ninguém poderia ficar mais de 12 horas em uma emergência. Após esse tempo, ou a pessoa tem alta, ou é internada. Queremos oferecer aos clientes do Moinhos de Vento esse processo rápido e adequado."

Instituição financiará projeto para qualificar a gestão em saúde no Rio Grande do Sul

Como se trata de uma entidade filantrópica, o Moinhos de Vento destina o valor que recebe de isenção na cota patronal do INSS ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Com isso, já construiu o Hospital Restinga e Extremo-Sul (HRes), ainda a ser finalizado, e doará os R$ 122 milhões do patrimônio da instituição edificada à prefeitura de Porto Alegre. Além disso, o HMV destinará esses recursos a um projeto de reestruturação e qualificação da gestão em saúde no Estado e na Capital.
"Queremos ter melhores condições de gestão para poder controlar e acompanhar melhor os contratos dos hospitais com a população. Assim, teremos, de maneira mais transparente, a relação da oferta de serviço e saberemos onde está faltando, em quais especialidades reforçar o atendimento e em quais se deve contratar novos serviços", aponta o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo.
O projeto está sendo escrito e, posteriormente, será encaminhado ao Ministério da Saúde. Se a pasta autorizar, a reestruturação pode começar ainda em 2015, tendo duração de três anos. "A SES é o cérebro do sistema de saúde do Estado e precisa ter as melhores informações, sistemas e estrutura. Infelizmente, isso não foi construído ao longo do tempo. Então, nossa ideia é aportar recursos, equipe, tecnologia, sistemas de informações, especialistas, para que possamos verificar juntos, sob a liderança do Gabbardo, se todo aquele recurso que o Rio Grande do Sul tem para a saúde está sendo aplicado no local adequado", esclarece Fernando Torelly.
Na opinião do superintendente do HMV, a ideia é levar ao SUS as melhores práticas de gestão. "Criticamos o gestor do SUS, mas, ao verificar a estrutura cerebral da SES para organizar o sistema, percebemos que é menor do que a do nosso hospital, para gerenciar 380 leitos. Então, queremos deixar de ser somente críticos e levar nosso conhecimento para apoiar o Estado. Não adianta mais ficar cada um com a sua pauta. Temos que juntar nossas competências para transformar o Rio Grande do Sul em um estado pujante", analisa.