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- Publicada em 01 de Outubro de 2015 às 21:46

Servidores estaduais pedem interlocução de Fortunati

Prefeito da Capital garantiu que intermediará encontro com Sartori

Prefeito da Capital garantiu que intermediará encontro com Sartori


FREDY VIEIRA/JC
Jessica Gustafson
Entidades que representam servidores da Polícia Civil, Brigada Militar, Susepe, Corpo de Bombeiros e Instituto-Geral de Perícias se reuniram, nesta quinta-feira, com o prefeito da Capital, José Fortunati, para pedir a intermediação do município junto ao Estado no diálogo sobre o combate à criminalidade e a melhoria das condições de trabalho. O assunto é competência do governo estadual, mas tem entrado nas discussões da prefeitura nos últimos meses devido ao aumento da sensação de insegurança, desde o parcelamento do salário do funcionalismo, e devido ao impasse em relação à presença da Força Nacional na cidade.
Entidades que representam servidores da Polícia Civil, Brigada Militar, Susepe, Corpo de Bombeiros e Instituto-Geral de Perícias se reuniram, nesta quinta-feira, com o prefeito da Capital, José Fortunati, para pedir a intermediação do município junto ao Estado no diálogo sobre o combate à criminalidade e a melhoria das condições de trabalho. O assunto é competência do governo estadual, mas tem entrado nas discussões da prefeitura nos últimos meses devido ao aumento da sensação de insegurança, desde o parcelamento do salário do funcionalismo, e devido ao impasse em relação à presença da Força Nacional na cidade.
Presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), Isaac Ortiz explicou que o prefeito foi procurado porque os servidores estão tendo dificuldades em dialogar com o governador José Ivo Sartori. "Viemos trazer sugestões de segurança pública, pois não estamos conseguindo conversar com o governador. Fortunati não tem o poder de resolver as questões, mas, como prefeito da maior cidade do Estado, é parte interessada. Só no comércio, tivemos queda de mais de 40% por conta da insegurança."
De acordo com Ortiz, a principal medida é a retirada do Projeto de Lei Complementar nº 206/2015, chamado por eles de "PLC da morte". Para as entidades, se aprovado, o dispositivo aumentará muito a violência no Estado a partir do contingenciamento do trabalho dos servidores da área.
De autoria do Executivo, o texto da Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual estabelece normas nas finanças públicas, criando mecanismos de controle com o objetivo de alcançar o equilíbrio financeiro. No entender dos servidores, o PLC anulará todos os reajustes dos policiais e bombeiros militares estabelecidos por lei. Atualmente, o projeto está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia.
"Além disso, precisamos ter um projeto de segurança pública do Estado, que não existe. Estamos vivendo uma pandemia de homicídios e o governador não move uma palha para reunir as entidades e tratar o assunto com a importância devida", relatou Ortiz. O presidente da Ugeirm observou que a insegurança não começou agora, embora tenha se agravado nos últimos meses.
Porto Alegre, por exemplo, apresentou um aumento de 23% na taxa de homicídios em 2014 e aparece como a terceira capital mais perigosa do País no anuário produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Ortiz disse ainda que, como cidadão, gostaria de qualquer auxílio para melhorar a segurança, mas, enquanto conhecedor da área, entende que a Força Nacional não é uma solução, pois é uma força aplicada em casos pontuais. "A presença de 200 homens na cidade não irá resolver a situação."
Fortunati garantiu que intermediará com o governador um encontro com as entidades de segurança. "Não tenho o poder de retirar o PLC da Assembleia ou mudar qualquer projeto do Estado, mas me comprometi em tentar marcar a reunião", afirmou o prefeito.
Mais de 2 mil policiais foram aprovados em concurso público e não serão chamados por causa das dificuldades financeiras do Estado. Além disso, a Brigada Militar teve 1.346 aposentadorias em 2015 e conta com mais de 800 processos em andamento. O aumento dos pedidos do benefício foi de 300% este ano.
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