Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Corrupção no Futebol

- Publicada em 28 de Outubro de 2015 às 22:14

Fifa confirma sete candidaturas à presidência

Os candidatos, da esquerda para a direita: Gianni Infantino, Salman bin Ebrahim Al Khalifa, Jérôme Champagne, Musa Hassan Bility, Ali Bin Al Hussein, Tokyo Sexwale e Michel Platini

Os candidatos, da esquerda para a direita: Gianni Infantino, Salman bin Ebrahim Al Khalifa, Jérôme Champagne, Musa Hassan Bility, Ali Bin Al Hussein, Tokyo Sexwale e Michel Platini


FABRICE COFFRINI/AFP/JC
O Comitê Eleitoral da Fifa anunciou ontem que recebeu sete candidaturas para o processo que vai escolher o novo presidente da entidade máxima do futebol, em 26 de fevereiro. Dos oito postulantes que até a véspera reafirmavam a intenção de concorrer, só o ex-jogador de Trinidad & Tobago David Nakhid, visto como um "laranja" de Jack Warner, ex-cartola do país caribenho acusado de corrupção, não se registrou. Era necessário o apoio formal de cinco confederações nacionais.
O Comitê Eleitoral da Fifa anunciou ontem que recebeu sete candidaturas para o processo que vai escolher o novo presidente da entidade máxima do futebol, em 26 de fevereiro. Dos oito postulantes que até a véspera reafirmavam a intenção de concorrer, só o ex-jogador de Trinidad & Tobago David Nakhid, visto como um "laranja" de Jack Warner, ex-cartola do país caribenho acusado de corrupção, não se registrou. Era necessário o apoio formal de cinco confederações nacionais.
Há dois dias, o brasileiro Zico também havia anunciado sua desistência, na véspera do limite para formalização de candidaturas. Sem o apoio do Brasil, o ex-jogador não conseguiu as cinco cartas de recomendação para que tivesse sua candidatura chancelada. Ele alegava que tinha a garantia de apoio de seis confederações, mas que houve uma reviravolta.
Sem Zico e Nakhid, serão sete os candidatos para suceder a Joseph Blatter nas eleições: o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, o liberiano Musa Hassan Bility, o francês Jérôme Champagne, o suíço Gianni Infantino, o também francês Michel Platini, o bareinita Salman bin Ebrahim Al Khalifa e o sul-africano Tokyo Sexwale.
O grande favorito, Platini, foi suspenso do futebol por 90 dias diante de suspeitas de um pagamento de US$ 2 milhões entre Blatter e ele. Por conta disso, conforme explicou a Fifa, a candidatura do francês não será processada pelo Comitê Eleitoral até que a suspensão termine. Se ela não for prorrogada e terminar antes da eleição, o comitê decidirá se aceitará ou não o pleito. 

Blatter critica Platini e lamenta escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022

Dirigente afastado (e) responsabiliza mandatário da Uefa por crise

Dirigente afastado (e) responsabiliza mandatário da Uefa por crise


FABRICE COFFRINI/AFP/JC
Afastado da presidência da Fifa pelo Comitê de Ética da entidade, o suíço Joseph Blatter se pronunciou ontem e responsabilizou o francês Michel Platini, comandante da Uefa, pelo estopim da crise na entidade. Ele também avaliou que a situação seria diferente se Rússia e Catar não tivessem sido escolhidos para sediar as Copas do Mundo de 2018 e de 2022, vencendo um processo que contava com as participações da Inglaterra e dos Estados Unidos.
"No início era apenas um ataque pessoal. Era Platini contra mim. Eu me tornei o alvo principal do ataque, porque, de três anos para cá, e especificamente após a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a Uefa não me quer como presidente. Foi um ataque realizado contra o presidente da Fifa, mas as outras confederações estavam comigo", disparou.
Para Blatter, Platini sempre quis assumir o comando da Fifa, mas não teve coragem de apresentar a sua candidatura para desafiá-lo na eleição deste ano. O presidente afastado disse ainda que foi o francês quem influenciou diretamente na escolha do Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022, mudando um acordo prévio para que os Estados Unidos fossem os escolhidos para receber a competição.
Blatter atacou a decisão do órgão de puni-lo, assim como Platini. Ele está sendo investigado por um pagamento feito ao francês em 2011 e alega que o valor foi repassado por serviços prestados, além de reclamar por não ter sido ouvido pelos investigadores que o afastaram. "É um absurdo total. Isto não é justiça. Eu coloquei essas pessoas no escritório, que estão agora na Comissão de Ética, e eles nem sequer têm a coragem de ouvir Jérôme Valcke (também foi suspenso), Platini ou eu. Eles fizeram uma investigação sumária e três dias depois eu estava suspenso", criticou.

Marin aceita ser extraditado para os Estados Unidos

Ex-presidente da CBF é acusado de receber propinas milionárias

Ex-presidente da CBF é acusado de receber propinas milionárias


TOMAZ SILVA/ABR/JC
O ex-presidente da CBF José Maria Marin aceitou ser extraditado para os Estados Unidos. O dirigente de 83 anos entrou em acordo com a Justiça suíça e permanecerá em prisão domiciliar em Nova Iorque. Os norte-americanos haviam feito o pedido oficial de extradição no dia 1 de julho.
Marin foi um dos sete dirigentes presos durante uma operação do FBI e da polícia da Suíça em maio, antes da eleição da Fifa em Zurique, na Suíça. O cartola é acusado de receber propinas milionárias referentes a contratos de direitos de marketing esportivo para a Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023, e pela Copa do Brasil entre 2013 e 2022. Ele teria dividido esses valores com outros dirigentes.
Inicialmente, o ex-presidente da CBF era contra a extradição, mas acabou concordando em uma audiência realizada ontem. A Justiça da Suíça não analisou o mérito das acusações contra ele, apenas se elas seriam passíveis de punição pela lei do país.
Além de Marin, os outros seis dirigentes presos foram acusados de participar de um grande esquema de corrupção dentro da Fifa nos últimos 24 anos, envolvendo fraude, extorsão, lavagem de dinheiro e propinas que chegam a US$ 150 milhões (R$ 450 milhões) ligados a Copas do Mundo e acordos de marketing e de transmissão de jogos pela televisão.