Apenas dois dias depois de o Fisco espanhol isentar o craque argentino Lionel Messi de culpa por supostamente ter cometido fraude, a Justiça rejeitou, nesta quinta-feira, o pedido da autoridade tributária local de não julgar o astro do Barcelona, que terá de ir aos tribunais e responder pela acusação de ter cometido três diferentes crimes contra a Receita Federal espanhola no período entre 2007 e 2009.
O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha informou que o juiz titular do caso não aceitou o pedido do Fisco da Espanha de apenas julgar o pai do atacante, Jorge Horacio Messi, cuja prisão pelo período de 18 meses foi solicitada pela Promotoria de Barcelona na terça-feira. A Procuradoria do Estado, por meio de documentos que comprovariam os crimes de fraude fiscal cometidos por Messi, concluiu que o argentino tinha idade suficiente, entre 2007 e 2009, para estar ciente de suas obrigações fiscais.
Respaldada também nesta alegação e pelos três crimes que supostamente o craque cometeu, a procuradoria pediu que ele seja condenado a 22 meses e meio de prisão. Assim, Messi e seu pai terão de responder nos tribunais e lutar contra a possibilidade de serem presos por fraude fiscal. Jorge Horácio é acusado de ter sonegado rendimentos por meio da criação de empresas situadas em paraísos fiscais, pagando, assim, menos impostos do que se obedecesse as leis fiscais praticadas na Espanha.