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Balanços

- Publicada em 29 de Outubro de 2015 às 19:00

Gerdau tem prejuízo de R$ 1,9 bi no 3º trimestre

Indústria do aço enfrenta momento desafiador, afirma Johannpeter

Indústria do aço enfrenta momento desafiador, afirma Johannpeter


CLAITON DORNELLES/JC
A Gerdau encerrou o terceiro trimestre de 2015 com prejuízo líquido de R$ 1,958 bilhão, revertendo resultado positivo de R$ 261,951 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado, por sua vez, somou R$ 193 milhões, um recuo de 26,3% ante o apurado um ano antes.
A Gerdau encerrou o terceiro trimestre de 2015 com prejuízo líquido de R$ 1,958 bilhão, revertendo resultado positivo de R$ 261,951 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O lucro líquido ajustado, por sua vez, somou R$ 193 milhões, um recuo de 26,3% ante o apurado um ano antes.
Na demonstração de resultados do trimestre, a empresa explica que o resultado negativo do período foi provocado por impairment (redução do valor recuperável de bens ativos) no valor de R$ 1,9 bilhão.
O Ebitda ajustado consolidado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,291 bilhão, um avanço de 4% ante o registrado um ano antes. A margem Ebitda ficou em 10,8% entre julho e setembro de 2015, ante 11,6% de igual intervalo de 2014.
A receita líquida da empresa totalizou R$ 11,925 bilhões no terceiro trimestre de 2015, montante 11,4% maior que o registrado um ano antes. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 1,381 bilhão entre julho e setembro, ante resultado financeiro negativo de R$ 575 milhões de igual trimestre do ano passado. Segundo a empresa, o aumento deve-se à variação cambial líquida negativa sobre os passivos contratados em dólar norte-americano e as maiores despesas financeiras decorrentes do aumento da dívida bruta nos períodos comparados.
A indústria mundial de aço segue enfrentando um momento desafiador, com redução de demanda e excesso de oferta, destacou, nesta quinta-feira, o diretor-presidente (CEO) da Gerdau S.A., André Gerdau Johannpeter. Em teleconferência com jornalistas, o executivo destacou previsão do Worldsteel Association, de que o consumo aparente mundial de aço deve cair 1,7% em 2015.
O executivo salientou que o setor segue influenciado pelo excesso de capacidade instalada global, desaceleração econômica da China, baixo nível de investimentos mundial, turbulências no mercado financeiro, redução da demanda em países emergentes (Rússia e Brasil) e conflitos geopolíticos. No Brasil, destaca a retração econômica continua impactando a demanda dos principais segmentos consumidores de aço: indústria, construção civil e setor automotivo.
A Gerdau encerrou o terceiro trimestre de 2015 com uma dívida líquida de R$ 20,844 bilhões, montante 23,5% maior que o registrado ao final de junho, de R$ 16,876 bilhões, consequência do efeito da variação cambial do período sobre a dívida bruta, explica a empresa em sua demonstração de resultado. A dívida bruta, por sua vez, totalizou R$ 27,583 bilhões ao final de setembro, ante R$ 22,566 bilhões registrado ao final de junho.
Segundo informa a empresa, ao final do trimestre 7,7% da dívida bruta era de curto prazo e 92,3% de longo prazo. A dívida bruta era composta por 15,9% em reais, 78,3% em dólar norte-americano e 5,8% em outras moedas.

Bradesco reporta lucro líquido de R$ 4,12 bilhões de julho a setembro

O Bradesco fechou o terceiro trimestre com lucro líquido contábil de R$ 4,1 bilhões, valor 6,1% maior que o do mesmo período de 2014, de R$ 3,87 bilhões. Desconsiderando eventos não recorrentes, o lucro ajustado do segundo maior banco privado do País chegou a R$ 4,5 bilhões no período, alta de 14,8% na mesma comparação.
Nos primeiros nove meses do ano, o lucro líquido (ajustado) acumulado somou R$ 13,311 bilhões, valor 18,6% maior em comparação aos R$ 11,227 bilhões obtidos pelo banco no mesmo período de 2014, correspondendo a uma rentabilidade de 21,2% (lucro líquido sobre patrimônio líquido médio).
Do ganho total, R$ 9,428 bilhões foram provenientes das atividades financeiras do banco, correspondendo a 70,8%; R$ 3,883 bilhões foram gerados pelas atividades de seguros, previdência e capitalização, ou 29,2% do total.
A carteira de crédito expandida atingiu R$ 474,488 bilhões em setembro, 6,8% superior ao saldo de setembro de 2014. As operações com pessoas físicas totalizaram
R$ 145,234 bilhões, alta de 5,2% em 12 meses, enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 329,253 bilhões, alta de 7,5%. O índice de inadimplência, medido por atrasos superiores a 90 dias nas prestações dos financiamentos, cresceu e encerrou setembro em 3,8%, contra 3,6% um ano antes.
Como vem acontecendo nos últimos trimestres - reflexo da menor disposição do banco em emprestar recursos para fugir dos riscos maiores de um ambiente de recessão e aumento do desemprego -, as receitas com serviços (cobrança de tarifas, principalmente) cresceram o dobro das operações com crédito, somando R$ 6,38 bilhões entre os meses de julho e setembro, aumento de 13,1% ante o mesmo período de 2015.
O valor de mercado do Bradesco era de R$ 113,288 bilhões ao fim de setembro, e os ativos totais do banco somavam R$ 1,051 trilhão, crescimento de 6,4% em relação a setembro de 2014.
Em agosto, o Bradesco assinou contrato de compra das operações de 100% do HSBC Brasil, pelo valor de US$ 5,2 bilhões, preço que será ajustado pela variação patrimonial do HSBC a partir de dezembro de 2014 e será pago na data da conclusão da operação, que depende ainda da aprovação dos órgãos reguladores competentes e ao cumprimento das formalidades legais.
"Com a aquisição, o Bradesco assumirá todas as operações do HSBC no Brasil, incluindo varejo, seguros e administração de ativos, bem como todas as agências e clientes", informa o Bradesco em seu balanço.

Resultado do Santander no Brasil sobe a 385 milhões no 3º trimestre

O banco espanhol Santander divulgou que o lucro líquido de sua subsidiária no Brasil subiu para ¤ 385 milhões no terceiro trimestre deste ano, de ¤ 376 milhões em igual período de 2014, graças à diminuição de provisões para empréstimos inadimplentes. A receita líquida de juros da operação brasileira, por outro lado, caiu para ¤ 1,98 bilhão no trimestre, de ¤ 2,25 bilhões um ano antes. Em reais, tanto o lucro líquido quanto a receita líquida de juros da subsidiária brasileira tiveram forte alta durante o terceiro trimestre, segundo o Santander.
A estratégia que o Santander adotou no Brasil há cerca de dois anos tem funcionado, apesar do ajuste econômico que o País atravessa, afirmou o diretor financeiro do banco espanhol, José García Cantera, durante teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre.
"Apesar do ambiente desafiador, a estratégia para o Brasil tem mostrado ser correta", disse Cantera, acrescentando que a atual estratégia vai ser mantida nos próximos anos e que a administração de custos no País tem sido positiva.
No ano até setembro, a operação brasileira do Santander teve lucro de ¤ 1,315 bilhão, representando alta de 37% pelo conceito de câmbio constante e ganho de 22% pelo conceito de câmbio atual. As provisões acumuladas no período caíram 1%.
Na mesma teleconferência, o executivo-chefe do Santander, José Antonio Álvarez, disse que o lucro da subsidiária brasileira respondeu por 19% do resultado total do banco entre janeiro e setembro. Segundo o executivo, o resultado global do Santander foi pressionado, porém, pela desvalorização de moedas emergentes frente ao euro - incluindo do real - durante o trimestre, "como já era de se esperar".

Via Varejo reverte ganho e registra perda líquida de R$ 46 milhões

A Via Varejo, empresa de eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar (GPA) encerrou o terceiro trimestre de 2015 com prejuízo líquido de R$ 46 milhões ante lucro líquido de R$ 216 milhões apurado no mesmo intervalo do ano passado. No seu release de resultados, a empresa explica que a redução do lucro líquido no período foi consequência principalmente da queda de vendas e menor diluição das despesas fixas e despesas relacionadas com a reestruturação da companhia.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 45 milhões entre julho e setembro, uma queda de 91,3% ante o registrado no mesmo período do ano passado. A margem Ebitda ficou em 1,1%, ante 4,1% registrada um ano antes. A empresa também informou o Ebitda ajustado, de R$ 164 milhões, montante 69,5% menor que o registrado um ano antes. A margem Ebitda ajustada ficou em 4% no terceiro trimestre deste ano, ante 10,1% de igual trimestre de 2014.
A receita líquida da empresa totalizou R$ 4,095 bilhões entre julho e setembro, com queda de 22,7% na comparação anual. O resultado financeiro no trimestre ficou negativo em R$ 69 milhões, ante resultado financeiro negativode R$ 147 milhões registrado um ano antes.