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Economia

- Publicada em 27 de Outubro de 2015 às 20:12

Juro do cartão chega a 414,3% ao ano

Desde 2013, procura por empréstimos para automóveis vem caindo

Desde 2013, procura por empréstimos para automóveis vem caindo


JONATHAN HECKLER/JC
Inadimplência bem comportada, taxa básica Selic parada em 14,25% ao ano desde julho, procura por crédito menor por causa da recessão econômica e do medo do desemprego e, mesmo assim, os bancos não param de subir os juros. No cheque especial, a taxa chegou a 263,7% ao ano, e a do rotativo do cartão de crédito bateu 414,3%, levando a taxa média cobrada pelas instituições no mês passado para 62,3% ao ano.
Inadimplência bem comportada, taxa básica Selic parada em 14,25% ao ano desde julho, procura por crédito menor por causa da recessão econômica e do medo do desemprego e, mesmo assim, os bancos não param de subir os juros. No cheque especial, a taxa chegou a 263,7% ao ano, e a do rotativo do cartão de crédito bateu 414,3%, levando a taxa média cobrada pelas instituições no mês passado para 62,3% ao ano.
"Quem permanecer com dívida no rotativo do cartão de crédito, depois de um ano, a verá quintuplicada", calculou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel. Por isso, ele alerta que esse é um tipo de financiamento que deve ser usado apenas em casos de emergência e por períodos curtos. O rotativo é a sobra do valor mínimo que o usuário é obrigado a pagar da fatura. Desde julho do ano passado, quando estava em 308%, a taxa desse empréstimo subiu em todos os meses.
A taxa de setembro é a mais alta desde março de 2011. De tão elevado, esse juro é um dos principais responsáveis pelo recorde também registrado em setembro para a cobrança média para pessoa física. No caso do cheque especial, o dado é mais antigo e se trata do maior patamar em 20 anos.
Apesar da alta dos juros, a inadimplência dos empréstimos feitos com recursos livres nos bancos seguiu estável no mês passado, em 4,9%. O aumento em relação ao ano passado é pequeno, já que estava em 4,3% em dezembro de 2014. O BC informou também que houve poucas mudanças no endividamento das famílias, cujos dados são de julho. O total de dívidas em relação à renda em 12 meses ficou em 46% e em 27,1%, excluindo os empréstimos imobiliários.
No mesmo mês, o comprometimento da renda com dívidas ficou em 22,2% e em 19,8%, quando se retiram os financiamentos de casas, apartamentos e terrenos. Em setembro, as famílias brasileiras também preferiram não contrair dívidas novas, segundo Maciel. Em 12 meses, o acumulado passou de 4,6% para 4% de agosto para setembro, refletindo mudanças na economia doméstica.
Desde 2013, vem diminuindo a procura por empréstimos para automóveis. Além disso, houve redução do segmento do cartão de crédito à vista no mês. "Isso é um indicativo de fragilidade do consumo", ressaltou o técnico. "É pouco comum, nesta época do ano, o crédito das famílias apresentar queda da expansão."
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