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Tecnologia

- Publicada em 25 de Outubro de 2015 às 19:01

Projetos em debate na Câmara ameaçam Marco Civil da Internet

Um projeto de lei que aguarda votação na Câmara dos Deputados pode alterar pontos importantes do Marco Civil da Internet. Criado pelo deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) para aumentar as penas de crimes de calúnia, injúria e difamação cometidos on-line, o Projeto de Lei nº 215 de 2015 acabou se tornando uma ameaça à principal carta de direitos e deveres da internet brasileira e causa alvoroço entre os ativistas da rede.
Um projeto de lei que aguarda votação na Câmara dos Deputados pode alterar pontos importantes do Marco Civil da Internet. Criado pelo deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) para aumentar as penas de crimes de calúnia, injúria e difamação cometidos on-line, o Projeto de Lei nº 215 de 2015 acabou se tornando uma ameaça à principal carta de direitos e deveres da internet brasileira e causa alvoroço entre os ativistas da rede.
Aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) no início de outubro, o projeto ganhou o apelido de "PL Espião" após passar por uma metamorfose, quando a mesa diretora da Câmara determinou que ele agregasse artigos de outros projetos de lei relativos à internet.
O principal deles é o PL nº 1589/2015, de autoria da deputada Soraya Santos (PMDB-RJ). Entre os seis artigos do projeto de Soraya que poderiam alterar o Marco Civil, o destaque era a permissão a "autoridades competentes" para acessar informações de registro (data e hora de uma conexão e endereço IP do usuário) sem depender de uma ordem da Justiça.
Após ficar sob a tutela do relator Juscelino Filho (PRP-MA), o PL 215 recebeu diversas alterações. Agora, aguarda decisão da mesa diretora da Câmara. Embora o PL Espião seja o principal, outras propostas que também podem impactar o Marco Civil tramitam em diferentes comissões da Casa.
A origem do apelido do PL 215 é a proposta que obriga qualquer usuário de internet a informar dados pessoais, como CPF, telefone e e-mail ao se cadastrar em um site ou aplicativo. Pela legislação em vigor, a polícia e o Ministério Público não dependem de autorização judicial para coletar dados, como filiação e endereço dos usuários, para fins de investigação.
Segundo a coordenadora executiva do Intervozes, Veridiana Alimonti, o PL Espião resgata a percepção de que a internet facilita a prática de atos ilícitos e trata o internauta como um criminoso em potencial. Na visão dos autores, diz Veridiana, os provedores precisam guardar dados sobre os usuários porque eles podem cometer um crime na internet a qualquer momento.
"Não é porque as pessoas podem cometer crimes na rua que elas andam com o RG pendurado no pescoço. O fato de o ambiente on-line permitir o controle de dados faz com que as autoridades cometam esses absurdos", diz a coordenadora executiva do Intervozes. O Marco Civil da Internet prevê que, caso um crime seja cometido por meio da rede, as autoridades podem iniciar uma investigação apenas a partir dos registros
de acesso e conexão sob ordem
judicial.

Aplicativo mais popular para anotações, Evernote ganhará editor único

O Evernote, popular aplicativo de bloco de notas, vai ganhar um editor único em todos os dispositivos em breve. Atualmente, apenas as versões do app para iPhone e Android, além da versão web, são iguais.
"Estamos presentes em muitas plataformas, mas cada uma delas apresenta uma diferença na forma como os usuários escrevem e guardam suas notas", diz Luis Samra, gerente-geral da Evernote para a América Latina. Segundo o executivo, as mudanças devem ser lançadas até dezembro.
Com a alteração, o Evernote tenta atender a um número cada vez maior de pessoas que usam múltiplos dispositivos, como PC, tablet e smartphone. A expectativa é de que o design único estimule os usuários a "anotar" ideias com mais frequência, já que será mais fácil achar os principais recursos do bloco de notas virtual.
Atualmente, o Evernote possui mais de 150 milhões de usuários no mundo e 15 milhões na América Latina.