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Economia

- Publicada em 21 de Outubro de 2015 às 17:37

Crédito bancário para as empresas está mais difícil, mostra pesquisa

Redução do excesso de estoques e aumento das vendas externas são pontos positivos para o segmento

Redução do excesso de estoques e aumento das vendas externas são pontos positivos para o segmento


CLAUDIO FACHEL/ARQUIVO/JC
As dificuldades de acesso ao crédito bancário, por pessoas jurídicas, estão maiores do que no auge da crise financeira de 2008 e 2009, revela a Sondagem Industrial divulgada ontem pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Pesquisa da entidade industrial, feita na primeira metade de outubro com 2.468 empresas, revela que o indicador de facilidade de acesso ao crédito caiu pelo sétimo mês consecutivo e está em 29,9 pontos, em uma escala de zero a 100. Quanto menor o índice, maior a dificuldade.
As dificuldades de acesso ao crédito bancário, por pessoas jurídicas, estão maiores do que no auge da crise financeira de 2008 e 2009, revela a Sondagem Industrial divulgada ontem pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Pesquisa da entidade industrial, feita na primeira metade de outubro com 2.468 empresas, revela que o indicador de facilidade de acesso ao crédito caiu pelo sétimo mês consecutivo e está em 29,9 pontos, em uma escala de zero a 100. Quanto menor o índice, maior a dificuldade.
A sondagem da CNI revela também que os empresários estavam insatisfeitos com o lucro e a situação financeira no terceiro trimestre (julho a setembro). O indicador de margem de lucro operacional ficou em 32,7 pontos, e o de satisfação financeira em 38,9 pontos.
De acordo com os dados, os preços das matérias-primas também subiram no trimestre passado. Apesar disso e das incertezas econômicas, a CNI aponta sinais positivos no horizonte, como a redução do excesso de estoques, que caiu de 53 para 51,6 pontos.
Análise técnica da pesquisa feita pela entidade ressalta que quanto mais próximo da linha divisória de 50 pontos, mais ajustados os estoques. De acordo com o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, "o início de um processo de ajuste dos estoques é muito positivo, porque, se consolidado, abre caminho para o aumento futuro da produção".
Outro ponto positivo é o aumento do otimismo dos empresários em relação às vendas externas. O índice de expectativas nos próximos seis meses passou de 50,2 pontos, em setembro, para 52,5 pontos. A disposição de investimento também melhorou um pouco, com elevação de 39,2 para 40,7 pontos, depois de nove quedas sucessivas.
Mas nem todas as perspectivas são positivas. A forte oscilação do dólar no ano fez com que a taxa de câmbio subisse do oitavo para o quarto lugar no ranking das principais preocupações do empresariado. Avaliação da CNI diz que a volatilidade do câmbio dificulta qualquer análise das empresas para planejamento de exportação, formação de preços e investimento necessário para o esforço exportador.
A maior preocupação do setor continua a ser, porém, a elevada carga tributária, de acordo com 44,9% das respostas, seguida pela demanda interna insuficiente (42,2%) e o alto custo da energia (29,4%).
A sondagem mostra ainda que a indústria brasileira teve em setembro mais um mês de recuo nas atividades. O índice de evolução da produção ficou em 42 pontos no mês passado ante 42,7 pontos registrados em agosto.
De acordo com o levantamento, a utilização da capacidade instalada ficou estável em 66% pelo terceiro mês consecutivo. A Confederação ressalta que a estabilidade na passagem de agosto para setembro já era observada em outros anos, mas em 2015 o quadro se dá em nível mais reduzido, seis pontos percentuais abaixo do registrado em 2014.
Com relação ao emprego, ficou mantida a queda, ainda que em ritmo menos intenso. O índice medido pela CNI que trata do número de empregados ficou em 41,4 pontos em setembro, contra 41,2 no mês anterior.
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