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Tecnologia

- Publicada em 20 de Outubro de 2015 às 22:47

Desafio é educar para a cultura da colaboração

Claudio Navarro participou ontem, em Porto Alegre, de jornada científica promovida pela Inovapoa

Claudio Navarro participou ontem, em Porto Alegre, de jornada científica promovida pela Inovapoa


MAIA RUBIM/PMPA/JC
A inovação existe para atender aos anseios da sociedade. Se isso não está acontecendo, os motivos podem ser os próprios anseios das pessoas, que nem sempre estão alinhados com a transformação que está acontecendo. "Não é a tecnologia que cria a inovação, e sim as pessoas", alerta o gerente do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), Claudio Navarro.
A inovação existe para atender aos anseios da sociedade. Se isso não está acontecendo, os motivos podem ser os próprios anseios das pessoas, que nem sempre estão alinhados com a transformação que está acontecendo. "Não é a tecnologia que cria a inovação, e sim as pessoas", alerta o gerente do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), Claudio Navarro.
Ele esteve ontem em Porto Alegre para participar de uma jornada científica realizada pelo Gabinete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa), da Prefeitura de Porto Alegre, e citou o trânsito como um dos exemplos dessa visão. "A mesma tecnologia é usada nos carros para que eles transportem uma ou quatro pessoas, porém o que se vê é que ela não está sendo usada corretamente", acredita. O que está faltando, na realidade, é a cultura do uso compartilhado e da colaboração e, portanto, mais inteligente dos recursos disponíveis. Só assim as cidades terão um menor fluxo de carros circulando e, consequentemente, mais qualidade de vida para todos.
O tema é relativamente recente, e isso se reflete também na dificuldade de aceitação dos novos modelos de negócios que estão surgindo. É o caso do Uber. Navarro relembra que, quando surgiram os aplicativos de táxis, como Easytaxi, a ferramenta gerou novas oportunidades de trabalho para os taxistas, que aderiram. Por outro lado, causou dor de cabeça para as cooperativas, pois afetou o modus operandi dos seus negócios. Agora, com o Uber, foram os taxistas que sentiram no bolso. "Existem questões a serem melhor analisadas, mas a verdade é que a tecnologia por trás do aplicativo é excelente. Se o profissional está com o carro ocioso, ele vai ficar chorado, ou vai vender lenço?", questiona.
O gestor do Cesar destacou, na sua apresentação em Porto Alegre, o papel das pessoas em toda essa transformação. Há um caminho a ser percorrido, mas as mudanças já estão acontecendo, mesmo que os seus impactos ainda não sejam tão claros. A tecnologia, por exemplo, está cada vez mais aproximando a academia da sociedade, o que gera impactos positivos para todos. "Queremos um mundo diferente e vamos conseguir fazer. O brasileiro é muito adaptável. Só precisamos deixar de lado o medo e arriscar mais", defende.