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Conjuntura Internacional

- Publicada em 14 de Outubro de 2015 às 22:36

Tesouro dos EUA depende da alta do teto da dívida

Se não houver elevação, pagamentos do governo serão afetados

Se não houver elevação, pagamentos do governo serão afetados


KAREN BLEIER/AFP/JC
O Departamento do Tesouro dos EUA ficará sem dinheiro na primeira metade de novembro se o limite de endividamento federal não for elevado, alertou ontem o Escritório do Orçamento do Congresso (CBO). O organismo não partidário antecipou em algumas semanas sua previsão sobre em quanto tempo os EUA ficarão sem recursos por causa do déficit orçamentário maior que o esperado registrado em setembro. Antes, o CBO previa que a falta de dinheiro ocorreria entre meados de novembro e o início de dezembro.
O Departamento do Tesouro dos EUA ficará sem dinheiro na primeira metade de novembro se o limite de endividamento federal não for elevado, alertou ontem o Escritório do Orçamento do Congresso (CBO). O organismo não partidário antecipou em algumas semanas sua previsão sobre em quanto tempo os EUA ficarão sem recursos por causa do déficit orçamentário maior que o esperado registrado em setembro. Antes, o CBO previa que a falta de dinheiro ocorreria entre meados de novembro e o início de dezembro.
Essa nova estimativa do CBO reflete declarações recentes feitas pelo secretário do Tesouro, Jacob Lew. O Departamento do Tesouro tem usado medidas extraordinárias desde meados de março para permanecer abaixo do limite de endividamento federal, que é de US$ 18,1 trilhões. Lew já afirmou que não poderá usar essas medidas por volta de 5 de novembro e que, depois disso, o governo terá de financiar as operações com fluxo de caixa diário.
O CBO alertou que, se o teto da dívida não for elevado, haverá atrasos em pagamentos de atividades do governo, um default sobre as obrigações de dívida do governo, ou ambos. Analistas do Centro de Política Bipartidária, um instituto de pesquisa de Washington, estima que o Tesouro ficará sem dinheiro entre 10 e 19 de novembro.
O teto da dívida dos EUA tem gerado crescentes divergências entre os partidos políticos norte-americanos nos últimos anos. Os republicanos veem a medida como meio de pressionar o governo a cortar gastos, mas a administração democrata de Barack Obama afirma que não vai negociar com base em aumentos no limite de endividamento.
Muitos parlamentares esperam que o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, encontre um meio de aprovar uma solução para o teto da dívida antes de deixar o cargo. Isso deve acontecer em 30 de outubro, mas depende de os republicanos escolherem um novo líder na Casa.

Dólar alto afeta movimento na Broadway, em Nova Iorque

A valorização do dólar ante as moedas estrangeiras afetou o turismo no país, em especial em Nova Iorque. Relatório do Federal Reserve (banco central norte-americano) publicado ontem aponta que "as receitas de hotéis e teatros da Broadway caíram a níveis comparáveis aos de 2014". Segundo o Livro Bege, as vendas de varejo relacionadas ao turismo também apresentaram fraco desempenho.
A expansão modesta do mercado de trabalho não foi suficiente para elevar salários. O dado reforça questionamentos sobre a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos ainda neste ano, já que indica uma pressão inflacionária modesta. Segundo o Livro Bege, documento que reúne dados regionais do Fed, em alguns mercados, houve escassez de emprego, em particular para trabalhadores qualificados. Os preços permaneceram estáveis em todo o país, embora algumas regiões tenham relatado quedas em preços de energia e outros insumos.

Japão piora avaliação da economia pelo 2º mês consecutivo

O governo do Japão adotou uma visão mais pessimista da economia em outubro e rebaixou sua avaliação da produção industrial, em meio à demanda mais fraca de economias emergentes asiáticas. Em relatório econômico mensal, o governo japonês reconheceu algumas áreas de "fraqueza", embora tenha mantido que a economia se recupera moderadamente. Anteriormente, o governo havia admitido apenas alguma "lentidão".
Na prática, Tóquio efetivamente rebaixou sua avaliação geral da economia pelo segundo mês consecutivo, o que representa um revés para os esforços do primeiro-ministro, Shinzo Abe, de redirecionar o país para uma trajetória de forte recuperação.
"A recuperação do consumo e dos investimentos foi adiada. Movimentos (mais fracos) similares também estão sendo observados na produção", afirmou uma autoridade do governo.
Segundo a autoridade, apesar da melhora das condições do mercado de trabalho, parte da população provavelmente ainda não está convencida de que os salários subirão mais, e os aumentos de preços de produtos de necessidade diária devem estar levando trabalhadores de baixa renda, em especial os idosos, a limitar os gastos.
Por outro lado, o governo japonês tem mostrado algum avanço em reformas estruturais. Na semana passada, o Japão, os EUA e 10 outros países que circundam o Pacífico fecharam um acordo histórico para reduzir barreiras comerciais. Os sinais de fraqueza econômica no Japão têm gerado alguma especulação de que Tóquio logo considerará adotar medidas de estímulo adicionais.