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Consumo

- Publicada em 14 de Outubro de 2015 às 17:58

Vendas do comércio caem ao pior nível em 12 anos

Números negativos do comércio surpreenderam até os economistas

Números negativos do comércio surpreenderam até os economistas


JOÃO MATTOS/JC
As vendas do comércio caíram 0,9% no País em agosto frente ao mês de julho. Na comparação com agosto de 2014, a queda é de 6,9%. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foram divulgados ontem pelo IBGE. O recuo de 6,9% é o mais alto na comparação anual desde março de 2003, quando foi de 11,4%. É também a pior taxa para o mês de agosto de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2000. O resultado veio mais negativo que o esperado pelo especialistas do mercado. Economistas estimavam uma taxa média de queda de 0,6% na comparação com julho e de 5,7% frente a agosto de 2014. Apenas em 2015, a queda acumulada do varejo é de 3%. Quando se considera os 12 meses encerrados em agosto, o recuo é de 1,5%.
As vendas do comércio caíram 0,9% no País em agosto frente ao mês de julho. Na comparação com agosto de 2014, a queda é de 6,9%. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) foram divulgados ontem pelo IBGE. O recuo de 6,9% é o mais alto na comparação anual desde março de 2003, quando foi de 11,4%. É também a pior taxa para o mês de agosto de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2000. O resultado veio mais negativo que o esperado pelo especialistas do mercado. Economistas estimavam uma taxa média de queda de 0,6% na comparação com julho e de 5,7% frente a agosto de 2014. Apenas em 2015, a queda acumulada do varejo é de 3%. Quando se considera os 12 meses encerrados em agosto, o recuo é de 1,5%.
O varejo apresenta taxas negativas desde o mês de fevereiro se considerada a série histórica com ajuste sazonal, ou seja, frente ao mês anterior, fechando sete meses seguidos. Entre fevereiro e agosto, a queda acumulada das vendas chega a 6,4%. Quando se compara com igual mês do ano anterior, a queda se dá desde o mês de abril, por cinco meses consecutivos. "O ritmo de queda do varejo em agosto foi ampliado em todas as comparações e há um perfil disseminadoentre as atividades. Supermercados, móveis e vestuário, no entanto, são os segmentos que mais puxam o varejo para baixo. São setores que têm forte ligação com a renda e o crédito", afirma a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes.
Segundo ela, indicadores do cenário macroeconômico tiveram forte mudança em um ano e afetam essa conjuntura do comércio. Com impacto no crédito, a taxa de juros para pessoas físicas subiu 32,2% entre agosto de 2014 para agosto de 2015, passando de 27,9% ao mês para 36,9%. Já a renda - que influencia principalmente as vendas de supermercados - passou a cair. Se, em agosto de 2014, a massa salarial (soma dos salários dos trabalhadores) subia 2,4%, na comparação com o ano anterior; em agosto de 2015, teve queda de 5,4%.
O comércio sente as conse-
quências das incertezas da economia, do aumento da taxa de desemprego no País e da renda menor. Nesse cenário, a confiança do consumidor é reduzida e ele adia compras. O principal impacto negativo nas vendas do varejo foi o desempenho do setor de supermercados e hipermercados. Neste, a queda foi de 5% em agosto, frente a agosto de 2014. Já móveis e eletrodomésticos foram responsáveis pela segunda maior influência negativa, com recuo de 18,6%. Esse indicador cai há nove meses seguidos. Sete dos oito segmentos do varejo caíram em agosto frente a agosto de 2014. Além de supermercados e móveis e eletrodomésticos, registraram taxas negativas os segmentos de combustíveis e lubrificantes, tecidos, vestuários e calçados, equipamento e material para escritório e informática, livros, jornais e revistas e outros artigos de uso pessoal e doméstico.
Levantamento da LCA Consultores diz que o comércio terá em 2015 a primeira queda anual nas vendas em 12 anos. "O que se vê no varejo era esperado diante do que ocorre nos mercados de trabalho e de crédito. Há uma destruição forte de empregos, e houve encarecimento do crédito", avalia o economista Paulo Neves.

Inadimplência em universidades sobe 22,4% até junho

A inadimplência dos estudantes de Ensino Superior cresceu 22,4% no primeiro semestre de 2015 ante igual período do ano anterior, de acordo com estudo da Serasa Experian. Com essa alta, o setor reverteu uma tendência de queda do ano passado: em 2014, a inadimplência havia alcançado ligeira redução, de 0,9% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O crescimento da inadimplência no Ensino Superior foi maior que o da média dos consumidores. O índice geral encerrou o primeiro semestre de 2015 com crescimento de 16,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Os dados da Serasa estão em linha com as expectativas do setor de educação para este ano. Pesquisa do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp) prevê que, ao final de 2015, a inadimplência do Ensino Superior interrompa uma trajetória de pelo menos cinco anos de retração. A pesquisa detectou que, em 2014, o percentual de mensalidades com mais de 90 dias em atraso estava em 7,8%, mas estimou que esse indicador poderia chegar a 8,4% neste ano.
A Serasa aponta que o aumento da inadimplência teve como causa o cenário econômico adverso à quitação das dívidas do consumidor. Inflação, aumento das taxas de juros e do desemprego contribuem para esse ambiente desfavorável.
Em outros níveis de ensino, a inadimplência também subiu. Nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, o aumento no primeiro semestre foi de 25,9% na comparação com igual período do ano passado.
O movimento de crescimento da inadimplência teve impacto nas contas das escolas, que também ficaram inadimplentes. O estudo apontou que a inadimplência das escolas aumentou 26,7% no período em comparação com o primeiro semestre de 2014.