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Economia

- Publicada em 14 de Outubro de 2015 às 17:35

Ministro afirma que Brasil pode aderir à TPP

Armando Monteiro enfatizou que o governo está avaliando seus interesses estratégicos

Armando Monteiro enfatizou que o governo está avaliando seus interesses estratégicos


EVARISTO SA/AFP/JC
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse, nesta quarta-feira, que o Brasil poderá, em algum momento, aderir à Parceria Tranpacífico (TPP, na sigla em inglês) - acordo selado no início deste mês por 12 países, incluindo Estados Unidos, Austrália, México, Peru, Chile e Japão. Porém, o ministro esclareceu que essa atitude do governo brasileiro vai depender de um consenso dentro do Mercosul e da concordância do empresariado brasileiro.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, disse, nesta quarta-feira, que o Brasil poderá, em algum momento, aderir à Parceria Tranpacífico (TPP, na sigla em inglês) - acordo selado no início deste mês por 12 países, incluindo Estados Unidos, Austrália, México, Peru, Chile e Japão. Porém, o ministro esclareceu que essa atitude do governo brasileiro vai depender de um consenso dentro do Mercosul e da concordância do empresariado brasileiro.
"Precisamos harmonizar a posição dentro do bloco e também com o setor privado brasileiro. O processo dos acordos não é algo que se faz a partir dos governos. É algo que se faz junto com o setor privado. Temos diferentes segmentos da atividade econômica. É sabido, por exemplo, que o Brasil sempre teve interesses mais ofensivos na área agrícola e mais defensivos na área industrial", enfatizou Monteiro, após participar da abertura do seminário sobre os 50 anos da área de promoção comercial do Itamaraty.
Ele enfatizou que o Brasil está avaliando seus interesses do ponto de vista estratégico. Lembrou que um dos integrantes da TPP, os EUA, é um mercado fundamental para as exportações brasileiras de manufaturados. "Este ano, em que pese a retração do comércio internacional, temos registrado o aumento das exportações de manufaturados para o mercado americano, que alcança 6%. É algo significativo nesse contexto. Por outro lado, estamos ampliando as margens de preferência tarifária com um parceiro importante da América Latina, que é o México", disse o ministro.
Monteiro afirmou que o TPP e a aproximação com os EUA oferecem oportunidades ao Brasil. Para ele, o interesse da União Europeia em, finalmente, concluir as negociações para a criação de uma zona de livre comércio com o Mercosul, vai aumentar. Além disso, um tratado com os europeus deixaria o Brasil mais bem preparado para aderir a outros acordos regionais. "Vamos trocar ofertas com a UE ainda este ano. O Brasil vai criando as condições para também se integrar ao TPP", acrescentou.
O ministro também falou sobre a desvalorização do real frente ao dólar. Disse que esse "realinhamento cambial" poderá compensar algumas desvantagens relacionadas aos custos sistêmicos do setor produtivo nacional, como infraestrutura e custo de capital. "A exportação nada mais é do que uma forma de contratar demanda externa. E o Brasil tem uma chance de aumentar muito a oportunidade de sua inserção internacional. O comércio internacional representa pouco mais do que 20% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil", concluiu.
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