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Consumo

- Publicada em 08 de Outubro de 2015 às 17:50

Confiança do comércio renova mínimo histórico

CNC revisou suas projeções de vendas do varejo para este ano

CNC revisou suas projeções de vendas do varejo para este ano


TÂNIA RÊGO/ABR/JC
A confiança do comércio voltou a atingir o mínimo histórico em setembro. O indicador recuou 4,1% em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, para 81,5 pontos, o menor valor da série iniciada em março de 2011 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com setembro de 2014, sem ajuste, o recuo foi de 26,6%.
A confiança do comércio voltou a atingir o mínimo histórico em setembro. O indicador recuou 4,1% em relação a agosto, na série com ajuste sazonal, para 81,5 pontos, o menor valor da série iniciada em março de 2011 pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com setembro de 2014, sem ajuste, o recuo foi de 26,6%.
"O mês de setembro, que abre normalmente a temporada de ofertas de vagas para trabalhadores temporários no final de ano, mostrou-se pouco favorável para contratações. As perspectivas continuarão baixas nessa área", destacou a instituição. A pesquisa aponta que 61,1% dos empresários pretendem reduzir a contração de funcionários nos próximos meses.
Com mais esse resultado negativo frente a agosto, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou a 11ª queda seguida neste confronto. Oito dos nove componentes da pesquisa estão em seu menor nível de toda a série. "O resultado de setembro confirma 2015 como o pior ano do varejo desde 2003", diz a CNC.
A instituição revisou suas projeções para o setor neste ano. Segundo a CNC, a queda nas vendas deve chegar a 2,9% no varejo restrito, que abrange setores de vestuário e calçados, combustíveis e lubrificantes; hipermercados e supermercados, móveis e eletrodomésticos, entre outros. Já no segmento ampliado, que inclui veículos e material de construção, o recuo deve ser de 6,7%, o pior da série, iniciada em 2004 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado do Icec em setembro foi puxado principalmente pela queda de 8,3% na percepção dos empresários sobre as condições atuais da economia. O maior grau de insatisfação entre os empresários é com o estado corrente da economia brasileira.
Segundo a CNC, 93,9% dos entrevistados acham que economia está pior que no ano passado - maior percentual de insatisfação já registrado em mais de 55 meses de pesquisa.
A perspectiva em relação ao futuro tampouco é positiva. As expectativas recuaram 2,4% em setembro ante o mês de agosto, embora se mantenham em 121,7 pontos, acima da zona negativa, cujo limite é definido pelos 100 pontos. A CNC aponta que 46,9% dos entrevistados afirmam que a economia vai piorar nos próximos meses.

Gastos com lazer no Dia das Crianças superam inflação

Segundo a FGV, atrações como cinema e teatro subiram 19,46%

Segundo a FGV, atrações como cinema e teatro subiram 19,46%


JOÃO MATTOS/JC
Os gastos com lazer no Dia das Crianças serão o item que mais vai onerar o bolso das famílias neste ano, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Os preços desse segmento subiram em média 10,14% nos 12 meses até setembro deste ano, de acordo com dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O aumento está acima da inflação geral no período, que avançou 9,65%. "Nesta classe de despesa, chamam a atenção os aumentos registrados em salas de espetáculo, como cinemas, teatros e shows (19,46%), sanduíches (12,20%), sorvetes fora de casa (11,67%), entre outros", comenta o economista André Braz, pesquisador do Ibre/FGV.
Apesar do aumento real em gastos com lazer, a variação média dos produtos e serviços mais procurados para a comemoração do Dia das Crianças ficou em 9,19%, pouco abaixo da inflação geral. Isso porque as despesas com presentes e com itens de vestuário tiveram reajustes bem mais amenos do que a média.
No caso dos presentes, a alta foi de 4,68% no período. Enquanto as bonecas ficaram 8,38% mais caras em 12 meses, produtos como aparelhos de TV e videogame tiveram queda nos preços. Já os itens de vestuário subiram 5,53%. "As roupas registraram alta de 3,83% e não superaram a inflação. Já os preços dos calçados subiram 10,75%, superando o IPC", comenta Braz.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera, para o Dia das Crianças em 2015, a primeira queda nas vendas desde 2004, quando a entidade começou a fazer o acompanhamento. O recuo deve ser de 2,8% sobre 2014, e os setores mais afetados serão o de hiper e supermercados, o de vestuário e o das livrarias.
"O desempenho do faturamento real do varejo nessa data comemorativa insere-se em um contexto mais amplo, no qual a contração do mercado de trabalho e principalmente o encarecimento do crédito restringem a manutenção do ritmo de consumo verificado nos últimos anos", diz a entidade.

Secretário do Mdic critica a falta de regulamentação no e-commerce

O setor de comércio eletrônico (e-commerce) ainda necessita de regulação, de acordo com o secretário de comércio e serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Marcelo Maia. O dirigente contou que o ministério firmou recentemente um acordo com a União Europeia, no qual estuda-se um projeto de lei para tratar da questão. De acordo com o secretário, a ideia é criar um código de conduta para o comércio eletrônico.
Os comentários foram feitos por Maia em evento organizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). O secretário também disse que o ministério tem dado uma atenção especial para o setor de comércio e serviços, mudando um foco passado que se concentrava na indústria.
O setor de comércio e serviços é um dos pilares na política de desenvolvimento industrial, afirmou o dirigente, ao apontar que o ministério tem buscado analisar a cadeia produtiva como um todo. No longo prazo, isso vai trazer um novo olhar nas esferas governamentais, acrescentou.
Esse foco do ministério tem acompanhado um momento em que há uma inversão de cadeia de valores na produção. Em décadas passadas, a indústria puxava o setor terciário, mas hoje há uma importância maior do setor de comércio e de serviços, que já direciona a dinâmica econômica, afirmou.
O secretário também disse que o comércio e serviços têm se centrado muito em produtos de baixo valor agregado e é preciso procurar maneiras de aumentar a produtividade e incluir mais tecnologia, abrindo espaço para uma geração maior de valor.

Venda de material de construção cai 16,8% em setembro, aponta levantamento da Abramat

As vendas de materiais de construção caíram 16,8% em setembro na comparação com o mesmo mês de 2014, de acordo com dados deflacionados de faturamento da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Na comparação com agosto, houve queda de 2,3%. No acumulado no ano até setembro, a variação anual foi negativa em 11,4%. Já o resultado acumulado dos últimos 12 meses teve baixa de 10,2%.
"As vendas no mercado imobiliário e no mercado da infraestrutura apresentam quedas mais acentuadas, em decorrência das incertezas com a economia, que posterga a realização dos empreendimentos", afirmou o presidente da Abramat, Walter Cover.
"O próprio programa Minha Casa Minha Vida tem um baixo desempenho de execução. O mercado do varejo, que, nos últimos anos, vinha crescendo a taxas bastante altas, também vem sofrendo em função do aumento do desemprego, da renda e restrições ao crédito", acrescentou o presidente da entidade.
No mês passado, o nível de emprego na indústria de materiais de construção registrou queda de 6,7% na comparação com igual período de 2014. Em comparação com o mês de agosto deste ano, o recuo registrado foi de 0,4%.