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Economia

- Publicada em 07 de Outubro de 2015 às 20:16

Fatores domésticos são a maior causa da recessão no Brasil, mostra relatório do FMI

Depois de reduzir as previsões de crescimento para o Brasil, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem novo documento, em que afirma que, apesar de fatores externos explicarem parte da recessão no País, são os problemas domésticos brasileiros os maiores responsáveis pela contração da economia em 2015 e 2016, de acordo como o Panorama Econômico Regional, que destaca a crise política, a corrupção na Petrobras e o julgamento das pedaladas fiscais pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Enquanto fatores externos, tais como a deterioração dos preços das commodities, explicam parte da piora da atividade (no Brasil), fatores domésticos são os maiores responsáveis", afirma o relatório do FMI.
Depois de reduzir as previsões de crescimento para o Brasil, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem novo documento, em que afirma que, apesar de fatores externos explicarem parte da recessão no País, são os problemas domésticos brasileiros os maiores responsáveis pela contração da economia em 2015 e 2016, de acordo como o Panorama Econômico Regional, que destaca a crise política, a corrupção na Petrobras e o julgamento das pedaladas fiscais pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Enquanto fatores externos, tais como a deterioração dos preços das commodities, explicam parte da piora da atividade (no Brasil), fatores domésticos são os maiores responsáveis", afirma o relatório do FMI.
O documento ressalta que o Brasil entrou o ano passado com grandes desequilíbrios macroeconômicos, originados do diagnóstico do governo da presidente Dilma Rousseff de que a desaceleração da economia em 2010 era causada pela falta de demanda doméstica.
O FMI recomenda que o Brasil continue, "sem atrasos", com os esforços de consolidação fiscal para estabilizar a dívida pública ao mesmo tempo em que o Banco Central age para conter pressões inflacionárias. O relatório ressalta que a política monetária apertada, ou seja, de juros altos, deve prosseguir no País para trazer a inflação de volta para a meta do governo. "O foco da política macroeconômica no Brasil deve ser aumentar a credibilidade e resolver estrangulamentos na infraestrutura."
Com a inflação acima da meta do BC e a deterioração fiscal, o governo "apropriadamente" mudou sua estratégia de política econômica em direção a juros mais altos e ajustes de preços administrados, para evitar um estouro de preços e começou um ajuste fiscal, de acordo com o relatório. Ao mesmo tempo em que a equipe econômica tentava fazer o ajuste, uma séria crise política se instalou em Brasília, influenciada por três fatores: as investigações de corrupção na Petrobras, envolvendo denúncias de irregularidades em outras companhias que trabalhavam com a petroleira e políticos; a revisão das contas fiscais do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU); e as alegações de financiamento irregular da campanha presidencial de 2014.
"A interação da crise econômica e política alimentou incertezas e levou a confiança empresarial e do consumidor para mínimas históricas", de acordo com o documento, destacando que a permanência dos indicadores nesses patamares ajudam a piorar ainda mais as perspectivas para a economia.
Ao mesmo tempo, a deterioração da atividade além do previsto piorou a arrecadação do governo e levou a presidente a reduzir as metas de superávit primário, o que contribuiu para o País perder a classificação no grau de investimento na Standard & Poor's (S&P) e para os prêmios de risco da dívida soberana do País subirem. O FMI prevê que a deterioração fiscal deve continuar, e o governo só vai conseguir superávit primário em 2017. O texto ressalta ainda que o mercado de trabalho vem se deteriorando rapidamente. A previsão do Fundo é que a taxa de desemprego do Brasil deve ficar em 6,6% este ano e 8,6% em 2016.
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