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Indústria

- Publicada em 07 de Outubro de 2015 às 22:23

Mercopar 2015 sente os efeitos da estagnação

Neste ano, 413 marcas participam do evento, que ocorre até amanhã

Neste ano, 413 marcas participam do evento, que ocorre até amanhã


MERCOPAR/DIVULGAÇÃO/JC
Mesmo com o cenário econômico complicado, que reduz vendas e investimentos e eleva o desemprego no Brasil, palavras como pessimismo e crise não fazem parte da rotina de visitantes e expositores da Mercopar 2015, feira de subcontratação industrial que segue até amanhã, em Caxias do Sul, no Parque de Eventos da Festa da Uva. Não que a realidade do evento seja diferente da situação nacional. Ao contrário, a Mercopar também sentiu os efeitos do momento recessivo da economia brasileira. "Mas percebe-se que, mesmo com a retração, expositores e visitantes não se mostram pessimistas. Mas há, com certeza, cautela e atitude mais ponderada nas negociações", observa Sheila Wainer, coordenadora da Mercopar.
Mesmo com o cenário econômico complicado, que reduz vendas e investimentos e eleva o desemprego no Brasil, palavras como pessimismo e crise não fazem parte da rotina de visitantes e expositores da Mercopar 2015, feira de subcontratação industrial que segue até amanhã, em Caxias do Sul, no Parque de Eventos da Festa da Uva. Não que a realidade do evento seja diferente da situação nacional. Ao contrário, a Mercopar também sentiu os efeitos do momento recessivo da economia brasileira. "Mas percebe-se que, mesmo com a retração, expositores e visitantes não se mostram pessimistas. Mas há, com certeza, cautela e atitude mais ponderada nas negociações", observa Sheila Wainer, coordenadora da Mercopar.
Segundo ela, as 413 marcas expositoras deste ano representam em torno de 25% de redução sobre a edição de 2014. Já a área de exposição cedeu 20%, de 15,1 mil metros quadrados para 12 mil metros quadrados. O segmento que mais reduziu participação foi o de máquinas e equipamentos, especialmente pela característica de ser um bem de maior custo e exigir, quase sempre, financiamento. Também estão ausentes expositores chineses, que compraram e pagaram espaços, mas desistiram de participar a partir da desvalorização do real, que encareceu os custos. Dos 16 estandes montados na área contratada, apenas um tem atendimento e exposição de produtos. Nos demais, apenas cartazes dos produtos. Parte dos expositores de anos anteriores reduziu sua área de exposição.
De acordo com Sheila, a feira também perdeu em torno de 65 marcas que estavam com negociações bem avançadas, mas desistiram nos últimos três a quatro meses em razão do agravamento das dificuldades econômicas. Segundo ela, empresas que pagaram espaços, mas não participam da feira, têm crédito para exposição na próxima edição, marcada para o período de 4 a 7 de outubro de 2016.
A redução na área de exposição permitiu que os organizadores da feira investissem em corredores mais largos, montagem de espaços para descanso e convivência e colocação de carpetes em vários locais. "Investimos na qualificação da área de visitação", salienta a coordenadora. A área do mezanino do centro de eventos está totalmente ocupada por atividades oferecidas pelo Sebrae, como o Salão de Compras do Pequeno Negócio, uma ação desenvolvida em todo o Brasil. Segundo Sheila, o projeto deve se tornar permanente na Mercopar.
Ela também aponta para outro fator positivo da feira. A organização projetava que 55 empresas participariam das rodadas de negócios, número que alcançou 63. As reuniões tiveram início ontem e seguem ao longo desta quinta-feira, das 14h às 21h, período de funcionamento da feira. Sheila evita projetar expectativa de negócios nas rodadas e nos encontros nos estandes. "A maioria das vendas costuma ocorrer nos meses seguintes à realização do evento. Mas tem-se a percepção de que há ambiente favorável, até porque a indústria, mesmo com vendas em baixa, precisa investir na modernização para manter-se competitiva, especialmente frente à concorrência estrangeira", comenta.

Forças Armadas buscam fornecedores em diversas áreas

Pela primeira vez, o Comitê de Defesa e Segurança da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Comdefesa/Fiergs) tem espaço na Mercopar. O objetivo é buscar possíveis fornecedores para as forças armadas do Rio Grande do Sul. O major-brigadeiro Raul José Ferreira Dias, coordenador do comitê, explica que o Exército e as polícias precisam de gama muito ampla de produtos e serviços. "Muitas empresas não têm o conhecimento de que podem se tornar fornecedores. Funcionamos como um catalizador, divulgando as ofertas e demandas, e, desde 2012, intensificamos este trabalho", observa o militar.
Entre as demandas a serem contratadas estão itens como vestimenta, calçados, alimentação, veículos, alojamento, peças, serviços de manutenção e softwares, entre outros. "Não precisa ser uma grande empresa, mas precisa ser organizada, pois precisamos de um serviço qualificado. Temos parcerias com universidades e ocorrem reuniões bimestrais que as empresas podem participar", comenta.
No ano passado, conforme Ferreira Dias, o governo federal gastou R$ 202 bilhões em defesa e segurança. "As empresas podem se cadastrar no Comdefesa para conhecer as necessidades. Existe também o Sistema Otan de catalogação, usado pelas forças armadas do mundo inteiro para a compra de material e manutenção", acrescenta. A Mercopar é realizada pelo Sebrae/RS e pela Hannover Fairs Sulamerica, empresa do Grupo Deutsche Messe AG.