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- Publicada em 27 de Outubro de 2015 às 21:58

Qual a sua grande sacada?

A esta altura do campeonato você já percebeu que não dá para "fazer mais do mesmo". Você acredita que sobreviverá a um ambiente com vendas em queda vertiginosa, margens muito baixas e até mesmo negativas, pressão incessante por melhores resultados, clientes impacientes, mal-humorados e muitas vezes insatisfeitos etc.?
A esta altura do campeonato você já percebeu que não dá para "fazer mais do mesmo". Você acredita que sobreviverá a um ambiente com vendas em queda vertiginosa, margens muito baixas e até mesmo negativas, pressão incessante por melhores resultados, clientes impacientes, mal-humorados e muitas vezes insatisfeitos etc.?
Então, pergunto-lhe, esteja você do lado dos embarcadores ou do lado dos prestadores de serviços: qual a sua grande "sacada" para "surfar" nesse tsunami? Quem sabe este momento não seja o ideal para colocar em prática algo novo, realmente diferente daquilo que o mercado ou que seus pares oferecem? Ou você prefere continuar insistindo em fazer aquilo que todo mundo faz?
Veja este exemplo, que interessante. Até alguns anos atrás, empresas como Prosegur, Protege e Brinks apenas transportavam valores. Porém, diante da necessidade de expandir negócios, aplicando seu know-how em lidar com cargas de alto valor agregado, decidiram ampliar sua atuação para segmentos como farmacêutico, telecomunicações, joias, eletroeletrônicos, metaloquímico etc.
Uma outra transportadora, insatisfeita em atuar no segmento de carga geral, tanto lotação como fracionado, decidiu transformar-se em uma empresa dedicada à logística ambiental. Enquanto muitos "torciam o nariz" para os resíduos sólidos e líquidos, ela enxergou ali uma excepcional oportunidade para ganhar dinheiro. E está ganhando! O lixo está se transformando em algo tão valioso, que daqui a pouco precisará de escolta para o seu transporte!
Outra empresa se transformou em um dos mais especializados operadores em logística florestal. Além do tradicional serviço de transporte de toras e de madeira serrada/beneficiada, a empresa também atua na operação de destoca (extração dos tocos de eucalipto e o seu aproveitamento de biomassa para energia), preparo do solo e plantio de pinus e eucalipto, aplicação de herbicida, adubação, combate a pragas e até na logística reversa de embalagens de mudas, de adubos e de defensivos agrícolas.
Sob o ponto de vista de quem contrata o frete, avalie, o que pode ser feito diferente. Seu modelo (ou malha) logístico não poderia ser reavaliado? A forma de contratação dos serviços de transporte e o modelo tarifário, são os ideais para o atual momento? O processo de consolidação de cargas não pode ser melhorado? O drop size e o transit-time, não podem ser revistos? E os indicadores que você utiliza em seu dia a dia, realmente lhe proporcionam informações para uma eficaz tomada de decisão? Não existem oportunidades para o transporte colaborativo com outras empresas semelhantes ou complementares?
Volto a lhe perguntar: qual a sua grande sacada para lidar com essa crise? Nenhum insight tem "martelado" a sua cabeça? Vai ficar parado?
Na logística e no transporte, precisamos correr muito para permanecer no mesmo lugar. Lembre-se sempre disso! Bom trabalho!

Diretor da Tigerlog, Consultoria e Treinamento em Logística Ltda.

Bahia ameaça ir à Justiça para impedir a venda da Gaspetro

Bahiagás teme que os japoneses mudem a orientação da empresa

Bahiagás teme que os japoneses mudem a orientação da empresa


AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
Após obter a aprovação para compra de participação minoritária na Gaspetro, a japonesa Mitsui enfrenta resistência dos futuros sócios. O governo da Bahia, sócio majoritário da Bahiagás, uma das empresas com participação da Gaspetro, ameaça ir à Justiça para barrar o negócio ou, pelo menos, evitar que a japonesa tenha assento no conselho de administração e indique diretores para a concessionária de distribuição de gás.
A venda de 49% da Gaspetro foi aprovada pelo conselho de administração da Petrobras. Com a aquisição, a Mitsui aumentará a participação em distribuidoras estaduais de gás de oito para 19 empresas. O temor do governo baiano é que a Bahiagás passe a ser pautada pelo interesse de pagamento de dividendos e não mais por motivações sociais e de desenvolvimento econômico. Juntos, o governo da Bahia, a Petrobras (por meio da Gaspetro) e a Mitsui controlam a distribuidora.
"Não sei o valor do negócio, mas tenho certeza que, se tivéssemos sido procurados, poderíamos procurar outros investidores que já não fossem sócios, que não fosse a Mitsui", disse Marcos Cavalcanti, presidente do conselho de administração da Bahiagás e secretário estadual de Infraestrutura. Segundo ele, o estado não foi procurado para discutir o negócio e soube da venda pela imprensa.
Na Justiça, o argumento que deve ser apresentado pelo governo estadual é de que o negócio contrariou o acordo de acionistas por não respeitar o direito de preferência do estado na compra das ações. O secretário dá o exemplo de alguns investimentos, como a ampliação da malha de gasodutos no Sul do estado, que poderiam ser afetados caso o negócio entre Mitsui e Gaspetro seja aprovado pelos órgãos reguladores. Para que qualquer investimento seja aprovado pelo conselho, deve haver consenso entre os três sócios.
Além da Bahia, também o Distrito Federal sinalizou que poderia questionar a negociação. A Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade que reúne diversas representações sindicais, também já estuda uma ação judicial contra o negócio, alegando conflito de interesses entre as empresas. A Mitsui é uma das principais acionistas da Vale, uma das principais clientes da Petrobras.
A japonesa tem mais de 400 anos e atua em mais de 50 países. No País, a Mitsui está presente desde a década de 1960. A estratégia da empresa, agora, é consolidar a atuação em toda a cadeia de gás, podendo inclusive importar o produto de áreas onde é produtora. O próximo alvo da companhia é o terminal de logística da Wellstream, com 55 mil m2 para serviços de carga, descarga e armazenamento de suprimentos à atividade da Petrobras nas bacias de Santos e Campos - também em áreas do pré-sal.
A japonesa apresentou proposta para compra de 49% do terminal, formando uma joint venture com a GE Óleo e Gás. A proprietária, por sua vez, continuaria com o braço de engenharia e fabricação de dutos flexíveis da Wellstream. A proposta chegaria a US$ 85 milhões, segundo fontes próximas à negociação. A Mitsui também teria demonstrado interesse em ampliar participação na nova joint venture de logística - podendo até mesmo assumir o controle acionário.
O terminal foi construído em contrapartida a um contrato de longo prazo no valor de US$ 200 milhões assinados com a Petrobras, em 2011, para "dar suporte ao desenvolvimento do pré-sal e projetos de campo de gás", segundo comunicado da época. Segundo fontes, a venda dependeria apenas de aprovação da GE Óleo e Gás.

Mistura de biodiesel sobe para grande consumidor

O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, flexibilizou a legislação do biodiesel comprado por grandes consumidores, que poderão usar uma mistura de até 30%. Para consumidores no varejo, o índice permanece nos atuais 7%. A resolução permite também que grandes frotas de ônibus ou caminhões usem até 20% de biodiesel no abastecimento. Para o transporte ferroviário ou usos agrícola e industrial, o teto é de 30%.
O índice exato, que pode ser inferior ao teto, será definido até o fim do ano, segundo Ricardo Dornelles, diretor do departamento de combustíveis renováveis do ministério. A resolução entra em vigor em janeiro. "O uso acima do percentual obrigatório (de 7%) até já existia, mas mediante regulamentação da ANP, que analisava caso a caso. Agora, haverá agilidade nisso, já que houve a flexibilização", diz Dornelles.
Embora considere uma vitória, Erasmo Carlos Battistella, presidente da Aprobio (Associação de Produtores de Biodiesel), diz que a resolução não atende a todos os pedidos do setor. "A expectativa era que fosse permitida a venda direta a grandes consumidores, mas teremos de negociar por meio dos leilões."
Embora o consumidor final possa comprar direto das distribuidoras, elas terão de adquirir o combustível nos leilões, e não diretamente dos produtores. Se o pleito tivesse sido atendido, a estimativa, segundo Battistella, era de alta de 25% nas vendas.
Nos postos de combustíveis, permanece o índice de 7% de mistura. Segundo Dornelles, não há garantia de que os motores dos veículos suportem nível maior de biodiesel.