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- Publicada em 15 de Outubro de 2015 às 20:53

CSN coloca terminal de contêineres à venda

Primeiro ativo a entrar em oferta, o Tecon Sepetiba é considerado a joia da coroa e pode alcançar um valor de venda em torno de R$ 1 bilhão

Primeiro ativo a entrar em oferta, o Tecon Sepetiba é considerado a joia da coroa e pode alcançar um valor de venda em torno de R$ 1 bilhão


ANA CAROLINA FERNANDES/FOLHAPRESS/JC
O interesse de investidores pelo Terminal de Contêineres (Tecon), em Sepetiba, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é muito grande, principalmente entre os empresários estrangeiros, apurou a Agência Estado. A venda desse ativo da CSN deve estrear a lista de desinvestimentos da empresa, que busca reduzir o seu endividamento.
O interesse de investidores pelo Terminal de Contêineres (Tecon), em Sepetiba, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é muito grande, principalmente entre os empresários estrangeiros, apurou a Agência Estado. A venda desse ativo da CSN deve estrear a lista de desinvestimentos da empresa, que busca reduzir o seu endividamento.
A negociação tem, também, o objetivo de ajudar a companhia a levantar R$ 1 bilhão com a venda integral do Tecon até o fim do ano, segundo fontes do setor. O Tecon, que realiza o escoamento de produtos siderúrgicos da CSN, movimentação de contêineres e armazenagem, tem capacidade de movimentação de 400 mil contêineres anuais.
A projeção feita pela CSN de arrecadar R$ 1 bilhão com o ativo, valor que, apesar do ambiente desafiador no Brasil, ela espera que seja alcançado, vai trazer alívio para a companhia. Entre todos os ativos que estão na lista de desinvestimento previstos pela CSN, o Tecon é apontado como a "joia da coroa".
"Se perguntava para a CSN qual era o seu core business, e a resposta era de que são cinco negócios. Agora, a empresa vai precisar diminuir de tamanho", afirmou uma fonte de acompanha o processo de desinvestimento da empresa. Além do Tecon, duas usinas hidrelétricas estão entre os ativos da siderúrgica que podem ser vendidos, apenas excluindo dessa conta de busca de recursos financeiros sua central de cogeração térmica localizada em sua usina em Volta Redonda.
Na Usina Hidrelétrica de Itá localizada na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a CSN possui uma fatia de 29,5%. Na Usina de Igarapava, situada entre São Paulo e Minas Gerais, a empresa detém 17,9%.
Estão ainda na mesa de negociação uma parte de participação da CSN na ferrovia MRS, além de imóveis, oriundos da época da privatização da empresa. Também foram incluídas na lista suas unidades de embalagens, a Prada e a Metalic, além, é claro, da fatia detida na Usiminas.
Os bancos de investimento contratados pela empresa para levar adiante a missão foram Bradesco BBI, Banco do Brasil, Goldman Sachs e Credit Suisse.
A CSN começou a movimentação para brigar contra o elevado endividamento da empresa neste ano, quando observou sua geração de caixa cair refletindo a crise vivida pelo setor siderúrgico do Brasil e a queda do preço do minério de ferro, visto que a divisão de mineração da companhia de Benjamin Steinbruch costumava, no passado, compensar os maus momentos atravessados pela unidade do aço.
Após promover a alavancagem da empresa, medida pela razão dívida líquida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) que alcançou 5,6 vezes no segundo trimestre deste ano, a empresa anunciou um programa para reduzir esse indicador, que incluiu, além da venda de ativos, alongamento de dívida e corte de custos. Procurada, a CSN não comentou.

Empresa argelina vai investir em portos no Norte do Brasil

Kátia afirma que Arco Norte vai viabilizar a região e reduzir custos das cargas

Kátia afirma que Arco Norte vai viabilizar a região e reduzir custos das cargas


JONATHAN HECKLER/JC

Maior importadora argelina de produtos agrícolas do Brasil, principalmente açúcar, milho, óleo e farelo de soja, a empresa Cevital promete investir no processamento de grãos e na logística de escoamento da produção brasileira pelos portos da Região Norte.
A informação foi divulgada hoje (14) pela assessoria da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, que ontem (13) à noite recebeu o presidente da empresa, Issad Rebrab, para discutir projetos de infraestrutura na região, em especial no estado do Pará.
Durante o encontro com a ministra, o empresário informou que a Cevital se comprometeria com o governo paraense a criar indústrias alimentícias em várias cidades do estado para gerar empregos e agregar valor à matéria-prima.
"Tomamos a decisão de investir no Corredor Norte, porque os portos dessa região estão mais próximos da Argélia, da Europa e do restante da África", argumentou o executivo.
A ministra incentivou o projeto de investimentos na região e destacou que tem se empenhado para viabilizar o escoamento da produção de grãos pelo Arco Norte.
"Vocês escolheram bem o Pará, que é um grande estado, com potencial extraordinário", disse Kátia Abreu.
Ela acredita que o eixo Arco Norte vai conferir viabilidade à região, porque "precisamos reduzir o custo e o tempo que nossos produtos levam para chegar, por exemplo, a Roterdã, na Holanda [maior porto marítimo da Europa]. Isso significa mais competitividade aos produtores brasileiros", concluiu a ministra.