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- Publicada em 08 de Outubro de 2015 às 21:51

Infraero vai repassar obras em dois aeroportos

Aeroporto doméstico do Rio de Janeiro terá ampliação de 50% nas pontes de acesso de passageiros ao avião

Aeroporto doméstico do Rio de Janeiro terá ampliação de 50% nas pontes de acesso de passageiros ao avião


GENILSON ARAÚJO/AGÊNCIA O GLOBO/JC
A Infraero vai repassar integralmente ao setor privado as obras de ampliação dos terminais de embarque de passageiros dos aeroportos Santos Dumont e Congonhas. No Rio de Janeiro, a proposta é aumentar a capacidade do terminal de embarque em 50%, e em São Paulo está prevista a instalação de pontes para acabar com os embarques remotos, dobrando a capacidade do terminal. O edital de licitação deve ser lançado em fevereiro de 2016. Os vencedores da concorrência poderão explorar as áreas comerciais por 25 anos e, nesse período, vão dividir parte das receitas com a estatal.
A Infraero vai repassar integralmente ao setor privado as obras de ampliação dos terminais de embarque de passageiros dos aeroportos Santos Dumont e Congonhas. No Rio de Janeiro, a proposta é aumentar a capacidade do terminal de embarque em 50%, e em São Paulo está prevista a instalação de pontes para acabar com os embarques remotos, dobrando a capacidade do terminal. O edital de licitação deve ser lançado em fevereiro de 2016. Os vencedores da concorrência poderão explorar as áreas comerciais por 25 anos e, nesse período, vão dividir parte das receitas com a estatal.
Segundo o diretor comercial da Infraero, André Marques de Barros, a modelagem de concessão dessas áreas será concluída até o fim de novembro. No momento, os técnicos trabalham no modelo do edital que definirá o valor do investimento na ampliação, lance mínimo e parcela de receitas a ser repassada à Infraero. No modelo atual, a Infraero é responsável pelo projeto, licitação, construção e fiscalização, o que tem atrasado a entrega das obras. Além de uma maior eficiência, a medida vai garantir à empresa um reforço de caixa.
"Não faremos mais os projetos, não construiremos. Estaremos livres das amarras da lei de licitações e, com isso, vamos proporcionar mais conforto aos passageiros em menor espaço de tempo", destacou Barros. A medida faz parte de uma mudança na estratégia de negócios da Infraero, após a perda de receitas com a concessão dos principais aeroportos do País. O foco continuará nas áreas operacionais. As demais atribuições serão terceirizadas com vistas a elevar a eficiência e obter novas fontes de receitas. O processo começou no início de 2014, com a subconcessão de pátios de estacionamento de veículos nos aeroportos e será reforçado pela entrega de outras áreas ao setor privado.
Até o fim do ano, a Infraero pretende lançar o edital para repassar à iniciativa privada a exploração das áreas comerciais no novo terminal de passageiros do aeroporto de Goiânia, previsto para entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2016. Caberá ao vencedor da licitação escolher livremente fornecedores (lojas e restaurantes), e substituir esses prestadores de serviço a qualquer tempo. Atualmente, a Infraero precisa fazer licitação caso a caso.
Pela concessão de 120 meses a estatal fixará lance mínimo de
R$ 740 mil mensais, mais uma entrada de R$ 1 milhão. Além disso, a Infraero quer 5% de participação no lucro da concessionária. Diferentemente de Congonhas e Santos Dumont, a infraestrutura do novo terminal de passageiros de Goiânia estará pronta. O terminal antigo será desativado. Também até o fim do ano, a estatal escolherá a empresa que vai construir e explorar o novo centro de armazenamento de carga no aeroporto de Uberlândia.
O vencedor da concorrência terá que investir R$ 41 milhões na área de 50 mil m2 e se encarregar da operação do centro por 25 anos, podendo fazer sublocações. Neste caso, o lance mínimo será de R$ 40 mil por mês e entrada de
R$ 5 milhões, com 5% de participação nos lucros. Segundo Barros, essa mesma iniciativa poderá ser adotada em outros aeroportos, como o de Manaus (AM), Recife (PE) e Uruguaiana (RS). Ele mencionou que a Infraero mudou a forma de despacho das cargas nacionais, repassando a tarefa para as companhias (com receita de um centavo por quilo processado). Com isso, a função, que era deficitária em R$ 300 mil, fechará 2015 com lucro de R$ 5 milhões.
Também destacou que a empresa passou a adotar o sistema de cobrança de luvas nas dependências internas e externas dos aeroportos. A meta da Infraero é alcançar uma receita de R$ 100 milhões em dezembro deste ano.Estudo encomendado ao Bndes e a uma consultoria especializada, em 2010, identificou ineficiência por parte da Infraero na exploração das receitas com aluguel de áreas comerciais, um negócio considerado rentável no transporte aéreo. A Infraero administra 60 aeroportos e depende de repasses do Tesouro Nacional. Com o ajuste fiscal, o governo quer se desfazer das participações nos aeroportos concedidos (de 49%, em Brasília, Guarulhos, Viracopos, Galeão e Confins) e tirar a estatal do negócio na nova rodada de concessão do setor (Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre).

Braskem leva inovações em plástico ao Aeroporto Internacional Tom Jobim

Bubbledeck usado em lajes reduz uso de concreto e a emissão de CO2

Bubbledeck usado em lajes reduz uso de concreto e a emissão de CO2


BRASKEM/DIVULGAÇÃO/JC
As obras de melhoria da infraestrutura no Galeão, Aeroporto Internacional Tom Jobim, para os Jogos Olímpicos de 2016 seguem em ritmo acelerado. Com custo estimado em R$ 2 bilhões, o objetivo é oferecer um espaço mais amplo, moderno e funcional. O Consórcio Construtor Galeão, liderado pela Odebrecht Infraestrutura, investe em diversas soluções inovadoras, como produtos em plástico para as áreas de estacionamento, cobertura e drenagem.
A Braskem, em parceria com alguns clientes, é a responsável pelo fornecimento dos materiais. No total, foram utilizadas mais de 544 toneladas de plásticos em aplicações como bubbledeck, telhas de PVC e tubos de polietileno. Os produtos estão sendo utilizados em todas as etapas da construção, desde a fundação até os acabamentos. "Estamos fazendo grandes trabalhos de laboratório com a Braskem. O resultado é um produto com tecnologia mais avançada, mais sustentável e econômico em termos de sistemas construtivos", afirma Eder Campos, diretor executivo da Precon Material de Construção, empresa responsável pela fabricação das telhas de PVC.
Mais leves, resistentes e duráveis, as telhas foram aplicadas nos canteiros da obra no Galeão, em uma área de 1.046 m2. A escolha considerou a necessidade de um produto econômico e versátil.
Já a aplicação bubbledeck, composta por esferas de polipropileno inseridas de forma uniforme entre duas telas de aço, foi utilizada nas lajes de 44.696 m2 do edifício-garagem do aeroporto, que ganha quatro novos pisos e mais de 2 mil vagas. Utilizada pela primeira vez em um projeto de infraestrutura aeroportuária no Brasil, a tecnologia reduz em 25% o uso de concreto na obra, contribuindo para uma emissão de CO2, em média, 46 kg menor por m2 de laje construída.
Os 6.888 metros de tubos de polietileno substituíram estruturas que antes eram de concreto e garantiram o novo sistema de drenagem, com maior resistência mecânica e estrutural, com alto desempenho hidráulico, além de o polietileno ser um material atóxico e 100% reciclável. Para Walmir Soller, diretor de polipropileno da Braskem, o empenho em fomentar a inovação na cadeia petroquímica tem garantido o desenvolvimento de tecnologias cada vez mais eficientes. "Inovar é preciso. E, em parceria com clientes, temos conseguido transformar conhecimento em aplicações sustentáveis, alinhadas com as demandas da sociedade atual. O plástico é um material muito versátil e acessível, que deve ganhar cada vez mais espaço no setor de construção civil no País", afirma Soller. As obras que estão sendo feitas no aeroporto incluem a construção de um novo píer de embarque, a reforma do terminal de passageiros 2 e ampliação do edifício-garagem.