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Responsabilidade Social

- Publicada em 21 de Outubro de 2015 às 16:16

Solidariedade para reconstruir a Arca dos Bichos

Gatos recolhidos ficam abrigados na sede ou em casas de passagem

Gatos recolhidos ficam abrigados na sede ou em casas de passagem


ARCA DOS BICHOS/DIVULGAÇÃO/JC
Quando pensou em um nome para o projeto de proteção aos animais, Isabel Walenciuk escolheu aquele que ajudaria a passar essa mensagem. Assim surgiu a Arca dos Bichos, movimento que começou em 2005 com o objetivo de resgatar cães e gatos e encaminhá-los para a adoção consciente. Desde que surgiu, a Arca proporcionou a esterilização de mais de 250 felinos e intermediou a adoção de cães e gatos, além de prestar auxílio a outros protetores que necessitam de ajuda.
Quando pensou em um nome para o projeto de proteção aos animais, Isabel Walenciuk escolheu aquele que ajudaria a passar essa mensagem. Assim surgiu a Arca dos Bichos, movimento que começou em 2005 com o objetivo de resgatar cães e gatos e encaminhá-los para a adoção consciente. Desde que surgiu, a Arca proporcionou a esterilização de mais de 250 felinos e intermediou a adoção de cães e gatos, além de prestar auxílio a outros protetores que necessitam de ajuda.
No entanto, mesmo sob a guarida do nome que remete à salvação de animais do dilúvio por Noé, a Arca não escapou incólume dos temporais que atingiram todo o Estado nas últimas semanas. O local que abriga cerca de 100 gatos ficou parcialmente destruído, e a preocupação maior era que os bichanos escapassem pelos buracos no telhado causados pelos granizos.
Soluções paliativas foram adotadas para preservar a segurança dos animais, mas muito ainda precisa ser feito. Os estragos causados pelas chuvas são apenas um dos desafios a serem superados pela Arca. Com o crescimento do abandono de animais - dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam cerca de 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos desprotegidos nas ruas do Brasil -, é preciso redobrar os esforços com foco na adoção. "Consideramos o perfil do adotante, pois os animais precisam de cuidados, atenção, e podem viver mais de 20 anos. Isso requer responsabilidade", alerta Isabel.
Mesmo com as dificuldades, Isabel mantém a cautela quanto aos critérios de adoção, já que recebe pedidos pelas redes sociais. Para que a tutela do bichinho seja dada, os candidatos a donos devem ter uma estrutura segura nos apartamentos, como telas de proteção. De acordo com o artigo 32 da Lei dos Crimes Ambientais, de 1998, "praticar ato de abuso, maus-tratos ou ferir e mutilar" animais é crime que prevê detenção de três meses a um ano para o infrator. Em Porto Alegre, a Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda) atua desde 2011 com o objetivo de resgatar e socorrer bichos abandonados ou maltratados. Denúncias podem ser feitas por telefone para o número 156. A Seda também realiza consultas veterinárias, agenda esterilizações cirúrgicas de cães e gatos e fiscaliza feiras de adoção nos parques e praças da cidade.
Os animais à espera de um novo lar ficam abrigados na Arca ou em casas de passagens, oferecidas por uma rede de amigos do projeto. Enquanto isso, todos recebem cuidados, de alimentação - são 160 kg de ração por mês - a medicamentos. É necessária uma grande quantidade de vermífugos, que são administrados em diferentes doses, além de material de limpeza.
Parte dos recursos para manter essas demandas vem do brechó, realizado com itens oferecidos por colaboradores. Porém, uma das principais fontes de renda da Arca está comprometida: falta um local para realizar o evento. A meta, agora, é contar, mais uma vez, com a solidariedade para conseguir um espaço próximo ao Parque da Redenção - reduto de protetores e candidatos à adoção de animais de estimação - para voltar a promover as vendas.
O apadrinhamento também tem papel fundamental para garantir a rotina de cuidados. "Dindos e dindas são muito bem-vindos e podem nos ajudar muito", destaca Isabel, que está envolvida com a causa animal há quase duas décadas. "Alguns contribuem com dinheiro, volta e meia outros doam ração, cada um ajuda como pode", completa.
A Arca foi uma ideia construída com um grupo de amigas, como um instrumento de comunicação para ajudar a doar os animais. No início, Isabel organizava eventos de adoções em diferentes pet shops da cidade, além de informar a comunidade sobre oportunidades de castração dos bichos a um custo baixo. "De 1998, quando começou o envolvimento com a causa animal, até hoje, já doamos mais de mil animais", diz, orgulhosa, a protetora.
Informações pelo e-mail [email protected]

Festa da loja Bem do Gato destinará recursos para o projeto

Outra forma de ajudar a Arca dos Bichos a arrecadar recursos para a reforma dos estragos feitos pelos temporais e manter a compra de itens necessários para a manutenção dos animais é participar do evento promovido pela loja virtual Bem do Gato. Nesta terça-feira, dia 27, a Bem do Gato promove seu aniversário de um ano com uma festa beneficente cuja renda será revertida para o projeto. A comemoração será realizada no Salão Sport Bar (av. Dom Cláudio Ponce de Leon, 140), em Porto Alegre, e terá mesas de bate-papo sobre a causa animal, além de comidas, bebidas e outras atrações. "A Bem do Gato é um shopping de bondades", garante a proprietária, Sônia Grisolih.
Sônia conta que largou o antigo trabalho na área de marketing para investir no empreendedorismo social. "Acredito que não dá mais para separar as coisas, temos que fazer algo que ajude também. Hoje, eu ganho menos dinheiro, mas sou muito mais feliz", relata. Para qualquer item adquirido na loja - entre camisetas, chinelos e objetos de decoração, por exemplo -, parte do valor é repassado a projetos voltados a causas ambientais e animais. Uma das iniciativas ajudadas é a ONG Bicho de Rua, que já recebeu mais de R$ 7 mil. Em um ano de atividades, a loja já vendeu mais de mil produtos.
Informações adicionais pelo e-mail [email protected]