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Empresas & Negócios

- Publicada em 14 de Outubro de 2015 às 12:31

Empresas desenvolvem plantas que resistem à seca

Semente de milho custa próximo de 20% do total dos gastos de produção do agricultor

Semente de milho custa próximo de 20% do total dos gastos de produção do agricultor


PEDRO REVILLION/PALÁCIO PIRATINI/JC
Um cientista, financiado por um príncipe árabe, acaba de descobrir uma semente totalmente resistente à seca. A sua utilização vai devolver à agricultura milhões de hectares de terras, hoje impróprios para o plantio devido às características inóspitas desses terrenos. As ações das principais empresas produtoras de sementes e de agroquímicos, detentoras da tecnologia atual, caíram abruptamente. O mundo ainda não chegou a esse ponto - as cenas descritas fazem parte do enredo do filme "O Desconhecido" (2011). Mas, na vida real, as empresas estão dia e noite em busca da semente "bala de prata", a quase perfeita.
Um cientista, financiado por um príncipe árabe, acaba de descobrir uma semente totalmente resistente à seca. A sua utilização vai devolver à agricultura milhões de hectares de terras, hoje impróprios para o plantio devido às características inóspitas desses terrenos. As ações das principais empresas produtoras de sementes e de agroquímicos, detentoras da tecnologia atual, caíram abruptamente. O mundo ainda não chegou a esse ponto - as cenas descritas fazem parte do enredo do filme "O Desconhecido" (2011). Mas, na vida real, as empresas estão dia e noite em busca da semente "bala de prata", a quase perfeita.
Não há avanço da competitividade na produção agrícola sem uma semente de qualidade. Por isso, as principais empresas chegam a investir próximo de US$ 3 milhões por dia em pesquisas. Parte dessas conquistas já chegou. Mas há muito por vir, afirmam pesquisadores. "O que nós estamos pesquisando agora vai chegar ao mercado em cerca de 10 anos. Então, nós precisamos prever o que os produtores vão precisar em uma década", afirma Mark Spinney, diretor do departamento de pesquisa química biológica da Syngenta em Jealott's Hill, no Reino Unido.
Um dos maiores investimentos do setor está no desenvolvimento de plantas capazes de driblar o clima. Nas bancadas das empresas, as pesquisas já apontam para a produção de sementes resistentes à seca, ao excesso de água, de frio ou de calor. Alexandre Lima Nepomuceno, pesquisador da Embrapa, destaca, no entanto, que nunca haverá uma planta totalmente resistente à seca. Mas essa resistência pode prolongar a vida dela à espera da próxima chuva.
O que as empresas buscam, complementa Mozart Fogaça, diretor de sementes da Dow AgroSciences, são sementes com melhor absorção de água e de nutrientes presentes no solo. "É preciso produzir mais com menos recursos, água e terra. Para isso, é essencial ofertar uma semente de qualidade."
Outras pesquisas apontam para soluções capazes de antever problemas no campo. São as plantas sentinelas, que antecipam doenças e pragas de uma lavoura. Elas permitem ao produtor se adiantar e evitar perdas maiores. Outras sementes geram plantas que indicam até a presença de minas terrestres, deixadas em períodos de guerra.
As empresas também se dedicam a sementes que possam aumentar os ganhos por hectare e ser eficientes no combate a ferrugem - uma das principais doenças da soja -, doenças e pragas específicas de cada região.
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