Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 25 de Outubro de 2015 às 17:21

Ex-premiê Tony Blair pede desculpas por erros na invasão do Iraque

O ex-premiê britânico Tony Blair pediu desculpas pelos erros que levaram à invasão do Iraque por tropas ocidentais em 2003, mas disse não se arrepender de ter derrubado o ditador Saddam Hussein (1937-2006). "Eu posso dizer que peço desculpas pelo fato das informações de inteligência que recebemos terem sido erradas, mesmo que ele tenha usado armas químicas extensivamente contra seu próprio povo, contra outros, o programa, na forma em que pensávamos, não existiu", disse Blair, em entrevista à rede de televisão americana CNN.
O ex-premiê britânico Tony Blair pediu desculpas pelos erros que levaram à invasão do Iraque por tropas ocidentais em 2003, mas disse não se arrepender de ter derrubado o ditador Saddam Hussein (1937-2006). "Eu posso dizer que peço desculpas pelo fato das informações de inteligência que recebemos terem sido erradas, mesmo que ele tenha usado armas químicas extensivamente contra seu próprio povo, contra outros, o programa, na forma em que pensávamos, não existiu", disse Blair, em entrevista à rede de televisão americana CNN.
"(Peço desculpas) por alguns dos erros de planejamento e, certamente, nosso erro na compreensão do que aconteceria no momento em que removêssemos o regime", disse o premiê, que ficou no poder de 1997 a 2007.
Em 2003, Blair apoiou a invasão liderada pelo governo do então presidente americano George W. Bush ao Iraque, sustentada majoritariamente na alegação de que
Saddam possuía armas de destruição em massa. Bush também já admitiu que a informação estava errada. O britânico, contudo, não se desculpou de forma geral pela invasão ou pela guerra devastadora no país. "Acho difícil pedir desculpas por tirar Saddam. Mesmo hoje, em 2015, é melhor sem ele lá."
Com uma parte do Iraque sob influência do Estado Islâmico, Blair diz que há "elementos de verdade" no argumento de que a invasão tenha propiciado o surgimento da milícia radical. "Claro que não se pode dizer que derrubamos Saddam em 2003 não temos nenhuma responsabilidade na situação de 2015. Mas também é importante perceber que, primeiro, a Primavera Árabe, que começou em 2011, também teria tido o seu impacto no Iraque de hoje, e, segundo, o Estado Islâmico cresceu a partir de uma base na Síria e não no Iraque".
Questionado ainda como se sente perante o rótulo de "criminoso de guerra", que recebeu de críticos pela decisão de invadir o Iraque, Blair respondeu que fez o que julgava estar certo naquele momento. "Agora, se isso é certo ou errado, cabe a cada um julgar."
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO