A reforma ministérial do governo Dilma Rousseff (PT) terá um efeito de descontinuidade em uma das pastas mais importantes, a Educação. Com a saída de Renato Janine Ribeiro, o Ministério da Educação terá o terceiro titular em apenas 10 meses. O primeiro foi Cid Gomes, que deixou a pasta após uma polêmica na Câmara dos Deputados.
Depois, Janine, que enfrentou um orçamento limitado e certo incômodo com interferências externas na pasta mais precisamente, do novo titular da Educação, o hoje chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante (PT), que deve ser confirmado hoje como o novo titular.
Professor de Ética e Filosofia Política na USP, Janine teve seu nome anunciado em meio a investigações do maior escândalo de corrupção no País, num momento de fragilidade política da gestão petista. A necessidade de melhorar o relacionamento com a base aliada foi justamente o que motivou uma nova troca na Educação, quase seis meses após a posse de Janine.
Janine anunciou uma forte redução no número de contratos do Fies, se viu diante da mais longa greve das universidades federais e divulgou dados "preocupantes" sobre a alfabetização de crianças matriculadas no 3º ano do Ensino Fundamental público.