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operação Lava Jato

- Publicada em 30 de Setembro de 2015 às 18:11

Suíça bloqueia conta e já investiga Eduardo Cunha

Presidente da Câmara teria recebido pelo menos US$ 5 milhões

Presidente da Câmara teria recebido pelo menos US$ 5 milhões


antonio augusto/câmara dos deputados/jc
Autoridades da Suíça abriram uma investigação sobre o suposto envolvimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Cunha é suspeito de receber propina por vazamento de informação privilegiada na venda, para a Petrobras, de um campo de petróleo no Benin, na África. As investigações foram abertas em abril e já estão avançadas. A suposta conta de Cunha, onde o dinheiro estaria depositado, foi bloqueada.
Autoridades da Suíça abriram uma investigação sobre o suposto envolvimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Cunha é suspeito de receber propina por vazamento de informação privilegiada na venda, para a Petrobras, de um campo de petróleo no Benin, na África. As investigações foram abertas em abril e já estão avançadas. A suposta conta de Cunha, onde o dinheiro estaria depositado, foi bloqueada.
Os documentos sobre a investigação do Ministério Público da Suíça devem ser enviados ao Brasil até a próxima semana. A partir daí, o procurador-geral Rodrigo Janot deverá decidir se pede um novo inquérito sobre mais um caso de corrupção relacionado ao presidente da Câmara ou se apresenta imediatamente uma segunda denúncia contra Cunha. O presidente da Câmara foi denunciado em agosto por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A descoberta da conta de Cunha na Suíça ocorreu após a realização de um pente-fino nas transações de operadores do esquema de corrupção na Petrobras. Autoridades suíças abriram investigações criminais contra os lobistas Fernando "Baiano" Soares e João Augusto Henriques, apontados como operadores do PMDB no esquema na estatal petrolífera.
Condenado na Operação Lava Jato, Fernando Baiano fechou acordo de delação premiada e confirmou o relato de outro lobista, Julio Camargo, de que o presidente da Câmara teria recebido propina de pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras. Cunha nega participação em irregularidades.
Henriques, também preso, revelou como eram as indicações políticas na Diretoria Internacional da Petrobras, controlada politicamente pelo PMDB, segundo a força-tarefa da Operação Lava Jato. Ele afirmou à Polícia Federal que abriu uma conta na Suíça para pagar propina ao presidente da Câmara. Segundo ele, a suposta transferência para Cunha está ligada a um contrato da Petrobras relativo à compra de um campo de exploração em Benin, na África. Os suíços tentam rastrear essas contas, a fim de identificar os destinos dos recursos.
O Ministério Público da Suíça já havia anunciado, na semana passada, que abriu investigações contra o ex-gerente da área Internacional da Petrobras Eduardo Musa, novo delator da Operação Lava Jato e que também citou o presidente da Câmara. Seus ativos já foram bloqueados, e procuradores tentam traçar o destino e a origem do dinheiro que alimentou suas contas.

Defesa de Vaccari inclui Marco Maia e Fernando Marroni

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto arrolou oito políticos do partido como suas testemunhas na ação que também tem como réu o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT). Vaccari e Dirceu são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ambos foram presos pela Operação Lava Jato sob suspeita de terem arrecadado propinas do esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Na lista de testemunhas de Vaccari estão os deputados federais gaúchos Marco Maia e Fernando Marroni, além dos parlamentares Ságuas Moraes (MT), Paulo Teixeira (SP) e Margarida Salomão (MG), os senadores Delcidio Amaral (MS) e Angela Portela (RR) e o vereador da cidade de São Paulo Antônio Donato. O criminalista Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende o ex-tesoureiro do PT, pede a absolvição sumária de Vaccari. Na ação, Vaccari é acusado de recebimento de propina em contratos firmados entre a Petrobras e a empresa Engevix.