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Conjuntura Internacional

- Publicada em 30 de Setembro de 2015 às 18:09

FMI mostra preocupação com economia mundial

Christine Lagarde citou a desaceleração do comércio entre os países

Christine Lagarde citou a desaceleração do comércio entre os países


SAUL LOEB/AFP/JC
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, considerou ontem que há "razões para preocupação" com a economia mundial, afetada pela desaceleração na China e pelo provável aumento das taxas de juro nos Estados Unidos. "Há razões para preocupação. A perspectiva de uma subida das taxas de juro nos Estados Unidos e o abrandamento na China alimentam uma incerteza e uma maior volatilidade dos mercados", declarou Christine ontem durante discurso em Washington.
A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, considerou ontem que há "razões para preocupação" com a economia mundial, afetada pela desaceleração na China e pelo provável aumento das taxas de juro nos Estados Unidos. "Há razões para preocupação. A perspectiva de uma subida das taxas de juro nos Estados Unidos e o abrandamento na China alimentam uma incerteza e uma maior volatilidade dos mercados", declarou Christine ontem durante discurso em Washington.
A dirigente apontou igualmente uma "nítida desaceleração" do comércio mundial e a "queda rápida" dos preços das matérias-primas, que prejudicam as finanças dos países emergentes que as exportam. Os progressos econômicos alcançados por esses países parecem agora "ameaçados", disse a diretora, dias antes da abertura da assembleia anual do FMI, que neste ano ocorre em Lima.
Christine não revelou as novas previsões mundiais do FMI que serão divulgadas na ocasião, mas disse que o crescimento econômico global deve ser, neste ano, "mais fraco" do que em 2014. No discurso, ela manifestou-se particularmente preocupada com o impacto de um próximo aumento das taxas de juro do Federal Reserve, o banco central norte-americano, que estão próximas de zero desde o final de 2008. Segundo a diretora-gerente, essa mudança poderá levar os investidores a retirarem os fundos dos países emergentes para os Estados Unidos, com uma valorização ainda maior do dólar, pois muitas empresas têm as suas dívidas em dólares.

Fitch diminui previsão de crescimento global para este ano devido a nações emergentes

A Fitch reduziu levemente sua projeção de crescimento global para este ano, de 2,4% para 2,3%, o que seria a menor taxa de expansão desde a crise financeira global, devido à recessão no Brasil e na Rússia e à desaceleração estrutural na China e vários outros mercados emergentes.
Em seu relatório Perspectiva Econômica Global, a agência de classificação de risco prevê que o ritmo de crescimento mundial aumentará para 2,7% em 2016 e 2017, graças à recuperação moderada dos países emergentes. Em junho, porém, a Fitch projetava expansão maior tanto no próximo ano (2,9%) quanto em 2017 (2,8%).
Em relação ao Brasil, a Fitch prevê contração de 3% neste ano e que a recuperação só virá em 2017, com crescimento de 1,2%. Para a Rússia, a agência projeta retração de 4% em 2015 e expansão de 0,5% em 2016.
Quanto à China, a projeção da Fitch é que o crescimento irá se desacelerar de 6,8% em 2015 para 6,3% no próximo ano e 5,5% em 2017. A Índia deverá ser o país do Brics - grupo que também reúne Brasil, Rússia, China e África do Sul - a mostrar o maior nível de expansão neste ano, de 7,5%, antes de expandir 8% em 2016. A Fitch calcula que a expansão econômica nas grandes economias avançadas se fortalecerá para 2% em 2016, o que representaria o melhor resultado desde 2011.