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Economia

- Publicada em 29 de Setembro de 2015 às 19:30

Déficit do governo no ano é o pior desde 1997

Para Saintive, ainda é possível encerrar 2015 com superávit primário

Para Saintive, ainda é possível encerrar 2015 com superávit primário


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
A piora das contas do governo federal não dá trégua e aumenta as dificuldades para a equipe econômica. O Governo Central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, registrou no ano, até agosto, o pior resultado da história, iniciada em 1997. A forte queda na arrecadação de tributos federais e o acerto de contas que foram pedaladas (atrasadas) pela equipe econômica anterior levaram a um déficit primário nas contas do Governo Central de janeiro a agosto de R$ 14,013 bilhões, o equivalente a 0,37% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados foram divulgados ontem pelo Tesouro Nacional.
A piora das contas do governo federal não dá trégua e aumenta as dificuldades para a equipe econômica. O Governo Central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, registrou no ano, até agosto, o pior resultado da história, iniciada em 1997. A forte queda na arrecadação de tributos federais e o acerto de contas que foram pedaladas (atrasadas) pela equipe econômica anterior levaram a um déficit primário nas contas do Governo Central de janeiro a agosto de R$ 14,013 bilhões, o equivalente a 0,37% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados foram divulgados ontem pelo Tesouro Nacional.
A deterioração fiscal até agosto torna mais distante o cumprimento da meta fiscal das contas do setor público de superávit primário de 0,15% do PIB. O Governo Central terá que entregar um superávit de R$ 5,8 bilhões (0,10% do PIB). A meta foi reduzida e, mesmo assim, o governo encontra obstáculos para alcançá-la diante da recessão econômica e da crise de confiança no governo.
Apesar da deterioração das contas públicas, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, disse que o governo está perseguindo a meta de superávit primário de R$ 5,8 bilhões. Ele afirmou acreditar que ainda é possível fechar o ano com superávit primário nas contas, embora as novas regras fiscais para 2015 permitam ao governo fazer um déficit e, mesmo assim, considerar cumprida a meta.
Em agosto, as contas do Governo Central registraram um déficit de R$ 5,081 bilhões. Conforme os dados divulgados pelo Tesouro, é o pior resultado para o mês desde 2014. O resultado foi deficitário, apesar do pagamento de adiantamento do 13º salário dos aposentados e pensionistas da Previdência Social não ter sido feito no mês passado, como ocorre todos os anos. No período de 12 meses, o déficit do Governo Central acumulado é de R$ 37,5 bilhões - o equivalente a 0,65% do PIB.
As receitas do Governo Central acumulam até agosto uma queda real de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Sobre agosto do ano passado, a queda foi de 12,7%. Já as despesas apresentam uma queda real no ano de 2,1%. Em relação a agosto do ano passado, o recuo é de 17,5%.
O caixa do governo federal recebeu um reforço extra em agosto. O Tesouro contou com R$ 2,041 bilhões em dividendos pagos pelas empresas estatais emagosto. Desse total, R$ 1,945 bilhão foram pagos pela Caixa, R$ 21,8 milhões pelo IRB e R$ 47,4 milhões pelas demais. No acumulado do ano, as receitas com dividendos somaram R$ 5,507 bilhões, queda de 66% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as receitas com concessões totalizaram R$ 71,8 milhões em agosto e R$ 32,702 bilhões no acumulado do ano.
Os investimentos por parte do governo registraram uma queda expressiva. Segundo o Tesouro, o resultado foi 42,1% menor em agosto do que no mesmo período do ano passado e 37,2% menor no acumulado do ano. De acordo com dados do Tesouro, os investimentos totais de agosto pagos somaram R$ 4,195 bilhões.
Os investimentos com o Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram R$ 3,746 bilhões em agosto e R$ 27,662 bilhões nos oito primeiros meses do ano. As despesas com o PAC caíram 59,5% em agosto e 41% no acumulado do ano. Em agosto, o programa Minha Casa Minha Vida registrou uma queda de 31,6% nos investimentos. Já no acumulado do ano, a queda foi de 27,8%.
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