Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 28 de Setembro de 2015 às 22:17

Casco da plataforma P-67 deixa Rio Grande

Estrutura segue para a China onde será feita a integração dos módulos que permitirão a operação

Estrutura segue para a China onde será feita a integração dos módulos que permitirão a operação


PAULO ROSSI/DIÁRIO POPULAR/JC
Jefferson Klein
O casco da plataforma de petróleo P-67, que estava sendo preparado pelo Estaleiro Rio Grande, da empresa Ecovix, deixou o Estado na manhã de ontem. A estrutura, encomendada pela Petrobras, tem como destino a China, onde será realizada a integração dos módulos que permitirão a futura operação do complexo. O casco possui 288 metros de comprimento, 54 metros de largura (boca) e 31,5 metros de altura. A plataforma será do tipo FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo e Gás) e terá capacidade de processamento de 150 mil barris de óleo dia e de 6 milhões de metros cúbicos de gás diários.
O casco da plataforma de petróleo P-67, que estava sendo preparado pelo Estaleiro Rio Grande, da empresa Ecovix, deixou o Estado na manhã de ontem. A estrutura, encomendada pela Petrobras, tem como destino a China, onde será realizada a integração dos módulos que permitirão a futura operação do complexo. O casco possui 288 metros de comprimento, 54 metros de largura (boca) e 31,5 metros de altura. A plataforma será do tipo FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo e Gás) e terá capacidade de processamento de 150 mil barris de óleo dia e de 6 milhões de metros cúbicos de gás diários.
Se por um lado a continuidade do empreendimento pode ser vista como uma notícia positiva em meio à crise econômica e a Operação Lava Jato (que implicou atrasos em várias demandas da área de óleo e gás feitas no Brasil), por outro, a saída do casco terá impactos negativos na Metade Sul gaúcha. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte (Stimmmerg), Sadi Machado, manifesta preocupação quanto à desmobilização que o fim dos trabalhos na P-67 significará para a região. De acordo com o dirigente, a questão deixará inativas cerca de mil pessoas. O sindicalista critica o fato de que a integração dos módulos será feita na China e não no município de Rio Grande.
Machado argumenta que o reflexo seria atenuado, caso chegasse o casco da P-74, no estaleiro EBR (em São José do Norte), para iniciar a integração dos módulos dessa plataforma. Além disso, há uma enorme expectativa quanto à oficialização do contrato de montagem dos módulos das plataformas de petróleo P-75 e P-77 entre QGI Brasil e Petrobras. Fontes que acompanham esse assunto estimavam que o acordo entre a estatal e a QGI seria firmado na primeira quinzena de setembro, algo que não se confirmou. Procuradas pela reportagem do ?Jornal do Comércio (JC), Petrobras e QGI Brasil não se manifestaram sobre o tema.
Quanto ao casco da P-74, Machado acredita que dificilmente a projeção do casco chegar no Estado, ainda neste ano, será cumprida. O cronograma do projeto já se encontra muito atrasado. Pelo contrato inicial, o grupo EBR precisaria entregar a plataforma até o dia 16 de dezembro de 2015. Indagada sobre o prazo, a assessoria de imprensa do EBR informou que "por questões contratuais, apenas quem pode responder pelo assunto é a Petrobras". O Estaleiro Rio Grande, após a saída do casco da P-67, continua atuando com os projetos das plataformas P-69 e P-70.
O vice-presidente do sindicato dos metalúrgicos ressalta que o clima de incerteza no setor gera inquietação entre os trabalhadores quanto ao futuro do polo naval. Contudo, apesar das dificuldades apresentadas no Rio Grande do Sul, Machado afirma que as situações em polos como o do Rio de Janeiro e Pernambuco são ainda piores. "Nós estamos capengando, mas pelo menos estamos caminhando", argumenta. O dirigente adianta que no dia 23 de outubro será feito um ato de apoio ao polo naval gaúcho reunindo metalúrgicos, comerciantes e demais cidadãos. O slogan da manifestação será "o petróleo é nosso e as plataformas não". Atualmente, segundo o vice-presidente do sindicato, o polo naval gaúcho propicia em torno de 9 mil empregos diretos.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO