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Economia

- Publicada em 24 de Setembro de 2015 às 20:53

Empresas tentam postergar repasse da alta de resinas

Deitos citou as dificuldades enfrentadas pelo setor de transformação

Deitos citou as dificuldades enfrentadas pelo setor de transformação


FREDY VIEIRA/JC
Jefferson Klein
As empresas de transformação de plástico, através da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), tentarão sensibilizar a Braskem (principal fornecedora de resinas termoplásticas do Brasil) para que os repasses dos aumentos de preços de matérias-primas não sejam feitos de forma imediata dentro da cadeia petroquímica. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast-RS), Edilson Deitos, explica que as matérias-primas do setor são commodities internacionais e atreladas ao dólar.
As empresas de transformação de plástico, através da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), tentarão sensibilizar a Braskem (principal fornecedora de resinas termoplásticas do Brasil) para que os repasses dos aumentos de preços de matérias-primas não sejam feitos de forma imediata dentro da cadeia petroquímica. O presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast-RS), Edilson Deitos, explica que as matérias-primas do setor são commodities internacionais e atreladas ao dólar.
O empresário reforça que o ideal seria que a Braskem concedesse um parcelamento no pagamento e um intervalo (de um a dois meses) para que os transformadores negociem com seus clientes, como as redes de supermercados, o repasse de custos. Ele acrescenta que a Braskem tem registrado bons resultados e, com as exportações aquecidas, poderia suportar essas medidas. O dirigente adianta que o segmento de transformação tem uma dificuldade muito grande de repassar as elevações. "O que leva a operar durante três ou quatro meses com prejuízo, e a indústria está muito descapitalizada", alerta. Apesar desse revés, o presidente do Sinplast-RS comemora o fato de que o dólar alto inibiu a importação de produtos plásticos acabados.
Quanto ao elevado patamar da moeda norte-americana, abrangendo o setor industrial como um todo, o presidente da Fiergs, Heitor Müller, argumenta que, no que diz respeito aos exportadores, a valorização é benéfica. Entretanto, o dirigente admite que as indústrias que importam matérias-primas têm seus resultados impactados. Müller adianta que os insumos para fertilizar o solo são quase todos importados e isso deverá aumentar o custo de produção da próxima safra. Sobre o recente incremento do ICMS aprovado na Assembleia Legislativa, Müller lembra que a Fiergs sempre discorda da alta de impostos, pois é um ônus que é transferido para a sociedade. "Eu sempre digo que não existe dinheiro público, existe dinheiro que o governo busca junto à sociedade", sustenta.
Müller e Deitos participaram, nesta quinta-feira, do Energiplast - Fórum Brasileiro de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos com Ênfase em Plásticos, realizado na Fiergs. Durante o evento, o cientista norte-americano e fundador da PDO Technologies (empresa com foco em desenvolvimento de tecnologias para conversão de resíduos), Kevin DeWhitt, destacou que, apesar do plástico ter pouco peso, gera um enorme volume que acaba indo para aterros. "O que é péssimo", adverte. Para DeWhitt, é necessário recuperar o potencial energético desse resíduo. O fundador da PDO Technologies comenta que somente o Brasil gera aproximadamente 10 milhões de toneladas de resíduos plásticos todo ano que poderiam ser aproveitadas para a geração de energia.
A presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e secretária do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini, ressalta que as duas entidades ambientais estão abertas para discutir novas soluções para os resíduos. Ela recorda que já foram apresentados na Fepam projetos de produção de energia a partir da queima dos resíduos que não podem ser submetidos à reciclagem mecânica, entre outros aproveitamentos. No entanto, Ana enfatiza que um dos maiores obstáculos para que iniciativas nessa área sejam adotadas é o pesado investimento que implicam.
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