O candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Donald Trump, publicou, em seu perfil no Twitter, sua defesa para as novas acusações de abuso sexual a quatro mulheres, publicadas por uma revista e dois jornais norte-americanos. Ele afirmou que a história das duas mulheres é "mentirosa" e uma "fabricação total".
Os relatos de que Trump teria tocado e beijado essas mulheres sem o consentimento delas foram publicados pelo The New York Times e teriam ocorrido entre 11 e 30 anos atrás. O jornal publicou fatos narrados por Jessica Leeds, que hoje tem 74 anos. Ela disse que foi molestada em um voo para Nova Iorque. A outra história foi contada por Rachel Crooks, que afirma ter sido vítima de assédio quando trabalhava como secretária do edifício Trump, no Centro de Nova Iorque.
O republicano também reagiu às afirmações da escritora da revista People Natasha Stoynoff, que disse que Trump a prensou contra uma parede e a beijou contra o seu consentimento em 2005, quando ela entrevistou o bilionário e sua esposa, Melania Trump, para uma reportagem sobre o aniversário de casamento do casal.
Em resposta, ele escreveu: "Por que a escritora não mencionou o 'incidente' na revista People em sua reportagem 12 anos atrás? Porque isso não aconteceu!". De acordo com Natasha, sua escolha por não divulgar a história na época foi devido à vergonha, ao medo das repercussões e à culpa que a escritora sentiu pelo que aconteceu.
O jornal Palm Beach Post também publicou o relato de Mind McGillivray, hoje com 36 anos, que afirma ter sido acariciada por Trump sem ter dado consentimento para isso. Segundo ela, o assédio ocorreu há 13 anos, quando estava em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, enquanto auxiliava um colega em um trabalho de fotografia.
As acusações ocorrem a menos de quatro semanas das eleições, em 8 de novembro. Trump está em um momento delicado da campanha, perdendo pontos em pesquisas sobre intenção de votos, e terá que gastar um tempo precioso para dar respostas convincentes para as acusações.
Há uma semana, o jornal The Washington Post publicou a gravação de um diálogo do candidato republicano com um apresentador de televisão, ocorrido em 2005. O vídeo mostra Trump usando expressões vulgares para se referir às mulheres. A gravação gerou protesto contra o candidato de setores do próprio Partido Republicano. Por causa do vídeo, 40 políticos republicanos do Senado e da Câmara de Representantes afirmaram que não mais o apoiariam para a presidência dos EUA. Trinta deles sugeriam que Trump ceda o lugar para outro candidato.