Embora seja uma importante ferramenta no controle de fraudes, o registro de marcas e patentes enfrenta dificuldades no Brasil. Na avaliação do presidente do Grupo Marpa, Valdomiro Soares, os principais desafios são a falta de informação dos empresários e a lentidão dos processos, responsabilidade do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
Segundo Soares, o segmento ainda é desconhecido pelas companhias nacionais, sendo necessária a disseminação de conhecimento sobre a relevância do assunto. “Os empresários não colocam marcas e patentes como assuntos prioritários dentro das empresas brasileiras. Ou então, só o fazem quando alguém copia sua marca ou inovação”, afirma.
Indústria e Comércio são os setores que mais buscam registros no INPI, mas, de acordo com Soares, apenas 5% das empresas registram suas marcas no Brasil. No Rio Grande do Sul, a porcentagem não chega a 1%. “O mercado de propriedade intelectual tem um grande potencial de crescimento. Mas, em um país produtivo, o processo não pode levar quatro anos, como atualmente. No setor de inovação, o prazo máximo deveria ser de um ano”, destaca.
A Marpa, por exemplo, acaba de divulgar seu balanço semestral: o crescimento registrado foi de 6%, com projeção de incremento de 20% dos negócios no restante de 2014. Dominando 40% do mercado paranaense e 60% do gaúcho, a empresa baseia sua expectativa positiva na expansão para a região Sudeste, especialmente no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro, nas cidades de Uberlândia e Uberaba.