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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 07 de Maio de 2012 às 00:00

Águia não vê limite no mundo dos pets


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
A receita do mercado de animais de estimação cresce a uma velocidade anual entre 15% e 20% no Brasil. E a projeção de que o ritmo se manterá neste nível nos próximos 20 anos impõe mais desafios do que tranquilidade a operações como a da porto-alegrense Águia Veterinária & Pet Shop. O sócio e fundador do negócio, que combina varejo e até hospital, o veterinário Antônio Rodrigo de Aguiar Pires, aponta que a qualificação do mix é a meta número um nos próximos anos, antes de cogitar a abertura de filiais no Interior, pedido frequente entre clientes e interessados em explorar o ramo.
A receita do mercado de animais de estimação cresce a uma velocidade anual entre 15% e 20% no Brasil. E a projeção de que o ritmo se manterá neste nível nos próximos 20 anos impõe mais desafios do que tranquilidade a operações como a da porto-alegrense Águia Veterinária & Pet Shop. O sócio e fundador do negócio, que combina varejo e até hospital, o veterinário Antônio Rodrigo de Aguiar Pires, aponta que a qualificação do mix é a meta número um nos próximos anos, antes de cogitar a abertura de filiais no Interior, pedido frequente entre clientes e interessados em explorar o ramo.
Na mira do médico-veterinário formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), campus de Uruguaiana, está reforçar os serviços, que hoje respondem por 40% do faturamento e ganham cada vez mais importância. Quando surgiu em 1996, a primeira loja Águia causou certo estranhamento. Aberta na esquina da rua Fernandes Vieira com a avenida Osvaldo Aranha, a pet buscava captar a demanda emergente de cuidados dos moradores com seus bichos. “Diziam na época: esse cara é louco. Abrir um ramo totalmente diferente em pleno Bom Fim”, recorda o empresário.
Para montar o ponto, Pires foi a Belo Horizonte conhecer experiências de varejo e venda de medicamentos. Mas o formato mineiro, que permitia venda de itens humanos e veterinários, não se ajustava às regras locais, e o jeito foi combinar noções de autosserviço e exposição de produtos e táticas de venda de uma farmácia convencional (outro segmento explorado por familiares) para abrir o ponto. O veterinário cita que fez pesquisas de mercado na região, apurou as necessidades e identificou a tendência das residências, nos anos de 1990, de agregar os bichinhos ao núcleo familiar.    
Deu certo, e em 2004 surgia a segunda filial, desta vez equipada para atender a demanda de cirurgias e internação. Hoje já há 30 médicos na operação que funciona 24 horas, com 25 leitos e estrutura com laboratório para exames e imagem. “Também teremos tomografia”, avisa o proprietário, que reforça o cuidado com a manutenção e constante atualização. Outra decisão, após a rede ganhar nova componente em 2009, localizada na avenida Cristóvão Colombo, foi especializar a atuação. As pets do Bom Fim e Floresta operam com serviços básicos e varejo. O hospital, que ocupa 800 metros quadrados, avança na assistência à saúde. Com a estratégia, a Águia freia expansões para  crescer verticalmente, melhorando o sistema de atendimento, investindo nos controles, na gestão e na informatização. “Abre bastante pet na Capital, mas também fecha”. Para quem permanecer, a boa notícia é que a expectativa de vida dos animais aumentou, justamente pelo nicho desenvolvido, avisa o dono da Águia.  
Do consultório ao varejo de produtos, o mundo pet como negócio exige até certa dose de psicologia. O veterinário e proprietário conta que muitos problemas que os animais apresentam estão ligados ao estresse e à vida turbulenta dos donos. “O cachorro é muito sentimental. Se o dono não está bem, ele também ficará mal. A gente, às vezes, tem de aconselhar o adulto a mudar o estilo de vida”, comenta aos risos. Efeito colateral dessa relação é que o gato deve desbancar os cães na preferência por pets. Pires diz que pesquisas sinalizam a mudança. “O felino fica mais sozinho em casa e come menos, é mais dado a banho e higiene”, observa. O bom é que os donos costumam ser mais criteriosos nos gastos com acessórios e outras necessidades. Resultado: o mercado de pets não vai perder o fôlego, aposta.
Flopi faz a alegria do segmento
É para clientes como a supervisora escolar Mônica Faber Hansen e seu cãozinho adotado Flopi que a Águia não para de inventar e onde diversifica e engorda seus ganhos. Desde que o bichinho entrou no lar de Mônica, casada e com um filho, em 2011, as visitas à filial da petshop na avenida Cristóvão Colombo são semanais, os gastos religiosos e os quitutes e agrados a Flopi não têm limite. “Ele é nossa fonte de alegria, um companheiro e adora palitinhos vitaminados”, esmera-se a mãe-proprietária, que tira de letra a conta mensal de R$ 200,00 entre banhos, tosas, tratamento para algum problema de saúde, ração premium e brinquedinhos. “É como um filho.
Não importa se o Flopi foi adotado, ele faz parte da família.” No acervo ilimitado de produtos da rede, estão novidades como as medalhinhas gravadas na hora com nome e telefone do dono, rastreador eletrônico (com chip) a R$ 80,00 e carrinhos, além de bebedor automatizado, comedor que abre só na hora em que o bicho se aproxima (para evitar contaminação) e sorvete (disponível na loja-sede da Protásio). O gelado virou febre no último verão.
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