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MÉXICO

- Publicada em 09 de Junho de 2015 às 00:00

Partido governista garante maioria


HECTOR GUERRERO/AFP/JC
Jornal do Comércio
O Partido Revolucionário Institucional (PRI) foi o mais votado nas eleições de domingo para a Câmara de Deputados do México, o que deverá garantir maioria simples na casa legislativa ao presidente Enrique Peña Nieto. As vitórias na Câmara e no governo de cinco estados são vistas como um alívio ao mandatário, que chegou à eleição com baixa popularidade e enfrentando violentos protestos pedindo o boicote do pleito.
O Partido Revolucionário Institucional (PRI) foi o mais votado nas eleições de domingo para a Câmara de Deputados do México, o que deverá garantir maioria simples na casa legislativa ao presidente Enrique Peña Nieto. As vitórias na Câmara e no governo de cinco estados são vistas como um alívio ao mandatário, que chegou à eleição com baixa popularidade e enfrentando violentos protestos pedindo o boicote do pleito.
Com 79,8% das urnas apuradas, o PRI obtinha 28,6% dos votos no país, seguido pelo opositor de direita Partido Ação Nacional (PAN), com 20,8%, e pelo opositor de esquerda Partido da Revolução Democrática (PRD), com 10,61%. Das 500 vagas da Câmara de Deputados, 300 são preenchidas pelos vencedores dos distritos eleitorais, divididos pela mesma quantidade em todo o país, e 200 se definem pela representação proporcional, mediante listas regionais dos partidos.
Pelo sistema de maioria, a legenda de Peña Nieto e seus aliados Partido Verde e Nova Aliança obtiveram 180 cadeiras, contra 58 do PAN e 33 do PRD. Ainda não foram definidas as vagas do sistema de representação proporcional. Nas estimativas dos jornais Excelsior e El Universal, o PRI e aliados conseguiriam entre 246 e 263 vagas na Câmara, sendo provável que Peña Nieto tenha maioria simples.
O partido do presidente ainda venceu os governos dos estados de Campeche, Colima, San Luis Potosí, Sonoma e Guerrero, que teve eleições conturbadas por protestos violentos que pediam o boicote ao pleito e bloqueios de estradas. Apesar das manifestações em Guerrero e nos vizinhos Michoacán, Chiapas e Oaxaca, o Instituto Nacional Eleitoral afirma que só 1% das urnas foram afetadas. Os estados receberam um reforço de 40 mil policiais federais e soldados do Exército.
No entanto, o envio das forças de segurança não impediu novos atos. Em Tixla, cidade do estado de Guerrero onde fica a escola de Ayotzinapa, pais e colegas dos 43 estudantes desaparecidos em setembro impediram a instalação de algumas urnas. As caixas e as cédulas eleitorais foram queimadas pelos manifestantes, que pedem o retorno com vida dos alunos, embora a promotoria afirme que eles foram mortos e queimados por policiais e traficantes que lhes fizeram uma emboscada.
Em Oaxaca, 40 urnas tiveram suas cédulas queimadas por membros da Coordenação Nacional de Trabalhadores da Educação, setor dissidente do sindicato dos professores que é contra a reforma educacional. A polícia prendeu 88 pessoas. O presidente agradeceu o apoio às reformas na educação e telecomunicações e o fim do monopólio da estatal petroleira Pemex. "As reformas estão transformando o país e continuaremos colocando-as em prática."
Apesar da vitória do PRI, o descontentamento da população com os partidos ficou evidente pela baixa participação, que ficou em 46,8%, contra 63,12% no pleito presidencial de 2012. Outro sinal do descontentamento foi a vitória de um candidato independente, Jaime Rodríguez, conhecido como El Bronco, para o governo do estado de Nuevo Léon, terceira unidade federativa mais rica do país.
Conhecido por suas frases de efeito e por estar quase sempre usando um chapéu de caubói, El Bronco conseguiu 48,8% dos votos, mais do que a soma dos candidatos de seu antigo partido, o PRI, e do opositor PAN.
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