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O FUTURO DA TERRA

- Publicada em 27 de Agosto de 2014 às 00:00

Falker fornece instrumentos para pesquisa agrícola


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
O desejo de empreender e aplicar tecnologia em uma área que oferecesse potencial econômico foi o elo que aproximou o engenheiro elétrico Marcio Albuquerque da vida rural. “Apesar de trabalhar com agricultura, sou totalmente urbano”, define-se o diretor da Falker, empresa de Porto Alegre especializada em desenvolver, produzir e comercializar equipamentos e softwares de pesquisa científica, para serem aplicados no meio agrícola. Criado na Capital do Estado e nascido em uma família de médicos, Albuquerque apostou na ideia de que o Brasil é o celeiro do mundo. Há nove anos, elabora instrumentos com tecnologia própria, que ainda não têm concorrentes nacionais e são utilizados por mais de 50 instituições de ensino e pesquisa, grandes propriedades rurais e empresas do setor agrícola.
O desejo de empreender e aplicar tecnologia em uma área que oferecesse potencial econômico foi o elo que aproximou o engenheiro elétrico Marcio Albuquerque da vida rural. “Apesar de trabalhar com agricultura, sou totalmente urbano”, define-se o diretor da Falker, empresa de Porto Alegre especializada em desenvolver, produzir e comercializar equipamentos e softwares de pesquisa científica, para serem aplicados no meio agrícola. Criado na Capital do Estado e nascido em uma família de médicos, Albuquerque apostou na ideia de que o Brasil é o celeiro do mundo. Há nove anos, elabora instrumentos com tecnologia própria, que ainda não têm concorrentes nacionais e são utilizados por mais de 50 instituições de ensino e pesquisa, grandes propriedades rurais e empresas do setor agrícola.
Ainda durante a faculdade de engenharia na Ufrgs, onde se formou, em 2002, Albuquerque se preocupava em investigar onde poderia contribuir para que o Brasil se tornasse um fornecedor de tecnologia agrícola. Acompanhado do colega Alexandre Greff Buaes, hoje sócio minoritário da Falker, olhou para o mercado rural e percebeu que algumas técnicas e equipamentos disponíveis não se aplicavam na agricultura no País. A falta de conhecimento na área instigou Albuquerque a se profissionalizar. “Eu sabia diferenciar o que era milho do que não era, o resto parecia igual”, brinca. O primeiro produto inventado foi um medidor eletrônico de compactação de solo, que permite mensurar a resistência à penetração das raízes e a infiltração de água em uma lavoura, para adequar o manejo e evitar perdas na produtividade. O projeto recebeu apoio da incubadora tecnológica da Fundação de Ciência e Tecnologia do Estado (Cientec), e assim a empresa conseguiu se consolidar no mercado de tecnologia rural.
Hoje, a Falker produz diversos equipamentos para coleta de dados em campo, como um medidor eletrônico de teor de clorofila, que serve para indicar o estado nutricional das plantas e adequar a adubação, e um controlador de irrigação. Albuquerque compara os instrumentos que desenvolve a exames médicos, que propiciam um diagnóstico detalhado. “Há 30 anos, um médico pedia um único raio X. Hoje, utiliza uma lista de exames para ter dados confiáveis e confirmar suas percepções”, assemelha.
A Falker oferece treinamentos para a utilização dos instrumentos que produz, mas apenas para clientes especializados, que já possuem conhecimento na área. Alguns de seus fregueses também são escritórios de consultoria agrícola, indicados pela empresa para prestar serviço aos clientes. Formada por 18 pessoas, a equipe da Falker é multidisciplinar: conta com engenheiros elétricos, mecânicos, agrícolas, agrônomos e administradores.

Softwares e equipamentos impulsionam a agricultura

A busca por investigações precisas em lavouras e a necessidade do mercado de coletar dados avançados motivou a Falker a investir, a partir de 2008, em softwares e equipamentos para a agricultura de precisão. Crescente no Brasil desde os anos 1990, essa prática agrícola inovadora é um conjunto de técnicas que utilizam a tecnologia da informação para produzir diagnósticos precisos, a partir de dados específicos de cada porção de área cultivada. Assim, contribui para reduzir custos de produção, aumentar a produtividade e diminuir a contaminação por agrotóxicos.
Diretor da Falker, Marcio Albuquerque usou da experiência que tinha em empresas de automação, como engenheiro elétrico, para criar equipamentos e softwares úteis em processos de automação agrícola. “Diagnosticando as variações entre uma porção de terra e outra, é possível corrigir os erros ou conviver com eles”, explica. Entre os projetos inovadores desenvolvidos pela empresa, está um conjunto de instrumentos formado por um amostrador de solo, um coletor de dados e um software para a geração de mapas, que permitem um mapeamento instantâneo da lavoura. “Alguns dos nossos primeiros clientes foram os pioneiros em agricultura de precisão no Brasil”, conta Albuquerque.
Apenas 20% do que a Falker produz é comercializado no Estado. Os projetos são desenvolvidos com apoio técnico de instituições como a Faculdade de Agronomia e a Escola de Engenharia da Ufrgs, e recebem apoio financeiro de parceiros como o Sebrae-RS e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia. Os valores do investimento em um equipamento ou conjunto de instrumentos podem variar entre R$ 2 mil e R$ 60 mil.
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