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copa 2014

- Publicada em 14 de Julho de 2014 às 00:00

Presença argentina, comemoração alemã na Fan Fest


MARIANA FONTOURA/JC
Jornal do Comércio
O último dia da Fan Fest em Porto Alegre foi acompanhado por muitos argentinos e por brasileiros com trajes nas cores das seleções alemã e argentina. Segundo a prefeitura da Capital, mais de dez mil pessoas assistiram à final da Copa do Mundo no local e, no total, 25 mil circularam por lá durante o dia. Contando todos os dias do evento, foram mais de 450 mil torcedores atentos ao telão por ali.

O último dia da Fan Fest em Porto Alegre foi acompanhado por muitos argentinos e por brasileiros com trajes nas cores das seleções alemã e argentina. Segundo a prefeitura da Capital, mais de dez mil pessoas assistiram à final da Copa do Mundo no local e, no total, 25 mil circularam por lá durante o dia. Contando todos os dias do evento, foram mais de 450 mil torcedores atentos ao telão por ali.

Na torcida (que deu resultado) pela Alemanha, estavam, principalmente, descendentes germânicos. É o caso da brasileira Mirela Rocha. “A minha avó era alemã e sempre quis que eu visse a seleção alemã ser campeã. Ela faleceu há algum tempo, então eu vim representar ela”, explica. A preferência pelo time europeu é desde o início da Copa. “No jogo entre Brasil e Alemanha, chegou uma hora em que eu tive que ir embora do bar onde eu estava, pois começaram a me encarar”, conta Mirela.

Outra descendente de alemães que desfilava com um rosto pintado com as cores da bandeira alemã e camiseta do time era Betina Lorscheitter. Acompanhada de outros amigos, também descendentes do país europeu, resolveu aceitar a derrota brasileira e seguir a tradição da família. “Perdeu, paciência. Os jogadores alemães respeitaram muito a Seleção Brasileira mesmo depois do jogo, não tripudiaram. Têm um time melhor, foram melhores dentro do campo, e os torcedores viram isso. Não devemos ter mágoa”, defende.

A Alemanha, conforme Betina, fez uma boa campanha durante a Copa e demonstrou, em vários momentos, que era superior, em termos de qualidade dos jogadores e do entrosamento da equipe. “O Brasil não mostrou muito essa coesão dentro do campo, por isso não ganhou”, afirma.

O pensamento é compartilhado por Glaudemir Santos, que não é descendente de alemães, mas tem simpatia pela seleção europeia em função do futebol tático que ela mostrou e por sua melhor campanha. “Se concretizou a lógica, era ou Alemanha, ou Holanda, mas a Alemanha veio aí e mostrou que tem tática, tem futebol. Infelizmente, o Brasil não mostrou isso”, lamenta. Para o torcedor, o Brasil pode aprender, com isso, e que as entidades esportivas devem valorizar o futebol brasileiro e não exportar os jogadores. “O Brasil tem potencial, só falta investimento na base”, diz Santos.

O argentino Martín Bogus veio com dois amigos para Porto Alegre só para assistir à final em solo brasileiro. Eles rodaram quatro mil quilômetros, durante dois dias, de San Martin de los Andes, na Patagônia, até a Capital. “Queríamos ir ao Rio de Janeiro, mas não daria tempo, pois chegamos aqui somente ontem. É uma cidade muito linda, então, resolvemos ficar”, relata. O trio não conhecia ainda o Rio Grande do Sul.

Mesmo perdendo a partida, Bogus avalia que essa foi a melhor Copa do Mundo da história. “Se viveu tudo com muita paixão, principalmente entre os argentinos, em que futebol é pura paixão”, destaca. Quanto à rivalidade entre Brasil e Argentina, o hermano não dá muita bola. “É uma rivalidade divertida, mas, na verdade, somos países irmãos. Todos nos receberam muito bem aqui e fazemos o mesmo na Patagônia. Competição, só no campo”, assegura.

Zulma Adriana Mateo da Silva é argentina, mas mora em Porto Alegre há 25 anos, pois é casada com um brasileiro. Ela esteve presente na Fan Fest em todas as partidas envolvendo a seleção albiceleste. “Sou Argentina até a morte. Eles mereceram chegar até a final, chegaram bem, lutaram até o fim. O gol da Alemanha foi uma sorte deles que não tivemos, pois o nosso estava impedido”, pondera. Apesar da derrota, Zulma não julga que haja melhorias a fazer no time. “Tava tudo bem. Agora, é pensar na próxima Copa e torcer pela Argentina, de novo e sempre”, conclui. 

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