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Copa 2014

- Publicada em 23 de Junho de 2014 às 00:00

Turistas argelinos e sul-coreanos movimentam o Brique da Redenção


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
Depois de uma verdadeira invasão holandesa, o fim de semana foi marcado pela presença de argelinos e sul-coreanos. Em menor número, mas não menos animados, os torcedores das duas seleções que travaram, na tarde deste domingo, o terceiro dos cinco confrontos agendados para o Estádio Beira-Rio durante a Copa do Mundo, aproveitaram o pouco tempo de estadia na Capital para a realização de uma programação típica dos porto-alegrenses.
Depois de uma verdadeira invasão holandesa, o fim de semana foi marcado pela presença de argelinos e sul-coreanos. Em menor número, mas não menos animados, os torcedores das duas seleções que travaram, na tarde deste domingo, o terceiro dos cinco confrontos agendados para o Estádio Beira-Rio durante a Copa do Mundo, aproveitaram o pouco tempo de estadia na Capital para a realização de uma programação típica dos porto-alegrenses.
O casal Ashley Yoon e Sam Hong desembarcou na tarde de sábado e passou o dia no Parque Moinhos de Vento (Parcão). À noite, os dois realizaram um tour por bares e restaurantes da rua Padre Chagas e se disseram admirados com a hospitalidade. “Somos bem-recebidos em todos os lugares. Mesmo aqueles que não falam o inglês são muito prestativos em ajudar na procura por algum tipo de informação”, comenta Hong.
Em visita ao Brique da Redenção, no domingo, Ashley ainda buscava cumprir uma missão: experimentar o “mate”. A indicação partiu de uma amiga que esteve no Estado há cerca de um ano. “Ela me disse que parecia um chá e trata-se de algo bastante típico da cultura daqui. Ela tinha razão, é muito gostoso e lembra muito o gosto de chá”, explicou, ao dar o seu próprio veredito sobre o chimarrão. Ashley e Hong pretendem permanecer na cidade por mais um dia. Após o jogo, a ideia era retornar a um dos restaurantes já visitados no bairro Moinhos de Vento para comemorar a vitória da seleção, que acabou não se confirmando.
Assim como eles, um grupo de amigos de Seul assistiu a um flash mob organizado por seus conterrâneos em frente ao Monumento do Expedicionário e gastaram algumas horas no parque. Colecionador de antiguidades, Y J Yoo passou boa parte do tempo procurando por selos e cédulas antigas. Helena Lee e Beejay Lee foram seduzidos pelo artesanato, mas optaram por não adquirir nenhuma peça com medo de serem barrados na entrada do estádio. “Queríamos voltar para buscar, mas já nos informaram que a feira só acontece aos domingos. É uma pena”, lamenta Helena. 
Antes de se juntarem aos compatriotas na Fan Fest, os irmãos Mouatez Zougham e Houssem Zougham buscavam, entre os estandes da Redenção, alguns apetrechos para complementar o visual e ajudar a fazer barulho para empurrar a equipe no duelo diante da Coreia do Sul. Encontraram uma flauta boliviana e uma peruca verde amarela. “Está bom. Era isso mesmo que queríamos, estamos com pouco tempo e após o jogo vamos pegar a estrada outra vez”, explicam.
A pressa é justificada pelo esquema adotado pela maioria absoluta dos 2,3 mil argelinos que vieram ao Brasil para apoiar a seleção. No país, a maior parte dos ingressos foi comprada pelo próprio governo, que montou pacotes completos antes de revendê-los.
Por isso, a concentração dos turistas acontece em Balneário Camboriú, no Litoral de Santa Catariana. A cidade foi escolhida pelo potencial logístico, uma vez que os jogos da primeira fase ocorrem em Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte. Os deslocamentos, no entanto, são feitos de ônibus. O comboio costuma chegar na manhã que antecede à partida e retornar tão logo o compromisso seja encerrado.

Expositores comemoram movimento extra

No terceiro dia de feira considerado atípico em razão da invasão de turistas, alguns expositores do Brique da Redenção já comemoram o movimento extra. Na Pancho Camisetas, Francisco Rivas, a média de vendas dobrou de 20 para 40 unidades por dia. O recorde foi no feriado de quinta-feira, um dia após o jogo entre Holanda e Austrália no Beira-Rio.
“Os holandeses são muito parecidos com os brasileiros e adoram o futebol. Confiei nisso, desde a divulgação da tabela de jogos e preparei os estoques com artigos de jogadores clássicos da seleção de 1974. Vendi todas as peças e já as repus”, comemora.
O artesão, que adaptou o trabalho realizado há sete anos com a transposição de ilustrações de ídolos da dupla Grenal para as estampas de camisetas, agora torce para que a Alemanha confirme o primeiro lugar do Grupo G. Assim, os tricampeões mundiais jogariam as oitavas de final na cidade. Segundo ele, alguns torcedores alemães já estão na capital gaúcha aguardando o término da primeira fase da competição. “Essa seria a única maneira de chegar próximo das vendas com a Holanda. Tenho um cliente casado com uma brasileira que costuma levar as camisetas para a Alemanha. Ele já entrou em contato e encomendou um lote de camisetas para a segunda fase”, comenta.
Rivas afirma que a invasão argentina esperada para esta semana não deve trazer reflexos positivos. “Tem se falado em um número absurdo de argentinos. Temos algumas peças, mas acho que esse será um outro perfil de turista, à exemplo do que já ocorreu com os franceses, quando não registramos nada de tão atípico no movimento”, defende.
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